bônus

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- lindo! - um beijo - lindo! - mais um beijo - meu lindo! - todos os beijos eram deixados espalhados pelo rosto rosado, Kuroo segurava firmemente a sua cintura enquanto o enchia de carinho tornando impossível a missão de não rir pela maneira que era tratado.

- o quê é isso Kuroo? Sentiu tanto assim a minha falta? Eu só fui no mercado rapidinho - andaram juntos em meio a risos bobos e beijinhos carinhosos até que as costas do menor batessem suavemente contra a parede do quarto.

- e no quê isso interfere na minha saudade? Na falta que eu senti de você? - finalmente tocou os lábios do menor com os próprios, foi apenas um selo mas mesmo assim foi o suficiente para balançar os seus corações os fazendo pulsar no peito e quase pularem pela garganta tentando realmente se tocar.

- ah é?

- é. - Kuroo o respondeu sem exitar, acariciava as bochechas vermelhas com os polegares enquanto os seus olhos ainda não haviam decidido em que parte deveriam se focar primeiro.

Kenma era perfeito.

Desde o nariz empinadinho, os olhos grandes, as sobrancelhas finas, a testa, as bochechas que sempre ficavam bem vermelhinhas quando estava ao seu lado, a boca rosada que tanto adorava morder e beijar.

Era uma verdadeira divindade!

- e qual o tamanho?

- 27.8 - o moreno respondeu orgulhoso vendo primeiro o loiro ficar confuso antes de ficar com o rosto ainda mais vermelho do que já estava.

- o tamanho da sua saudade Kuroo!

- ah, era isso..

- meninos? Você estão ocupados? - escutaram a voz de Kinana do outro lado da porta e por puro impulso se separaram, Kuroo atendeu a porta.

- oi tia, a senhora precisa de alguma coisa?

- não querido, apenas a companhia de vocês, eu fiz um bolinho para nós, ele acabou de sair do forno, tá quentinho!

- dona Kinana, casa comigo! - praticamente pulou na mulher em um abraço apertado.

- Kuroo, saiba os seus limites! - Kenma falou em tom de brincadeira ao passar pelos dois no corredor.

- não tenha ciúmes gatinho, eu quero me casar contigo também! - ele puxou o garoto para junto do abraço, e ali, com o maior circulando os ombros de ambos desceram as escadas rindo alto, era um dia perfeito.

- desse jeito eu não vou sair da casa da senhora nunca dona Kinana - o maior reclamou ao se jogar na cadeira, a mulher colocou o prato de sobremesa em sua frente o servindo com o primeiro pedaço do bolo fofinho de chocolate com calda e granulado.

- não me importaria que vinhesse morar aqui conosco, amo ter a sua companhia e você sabe muito bem disso. A casa é grande de mais só para nós quatro, então venha mesmo! - a morena ficou ainda mais feliz quando Kuroo a abraçou de lado segurando com carinho o seu quadril e fechando os olhos ao se recostar nela - deve ser solitário morar praticamente sozinho, vem para cá.

Sabia muito bem do que ela falava.

Os seus pais definitivamente não eram nada presentes, sequer eram bons exemplos de pais, e quando estavam juntos, tudo o que Kuroo escutava eram gritos. Mas, mesmo assim, um pedacinho de sua mente insistia em querer ficar ao lado deles.

Mas já estava prestes a desistir.

A sua casa era fria, não era como aquele lugar onde passou a maior parte da sua vida.

- não me convide tanto dona Kinana, vou acabar vindo mesmo e o seu marido não vai gostar de me ver agarrado a senhora o dia todo.

- por mais que eu ache que não deva ficar tão grudado assim com a minha esposa - o senhor de meia idade apareceu na sala de jantar com duas garrafas de coca cola enquanto o outro filho levava os copos atrás de si - ainda assim eu gostaria que ficasse aqui, a minha mulher sempre fica mais feliz quando está conosco, o que me causa um pouco de ciúmes, admito, mas mesmo assim, é bom que esteja aqui.

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