Com amor sua noona

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Mun\on

- Quando voltaremos para a Itália?

- Em breve

- Hum, ok

Faz exatamente uma hora que Fellipy tenta puxar assunto comigo e eu o respondo amargamente. Não que eu queira respondê-lo

assim mas eu sei muito bem o que ele quer perguntar, não vou abrir brechas.

- Eu não sei se devo perguntar mas...

- Então não pergunte.- eu o cortei sem tirar meus olhos da janela mas percebi ele me olhar pelo retrovisor.

- O senhor sabe sobre o que quero dizer, tem certeza que não quer visitá-los?- Eu o olhei brevemente e o vi apertar o volante.

Ele estava nervoso. Ele sabia que eu não gostava de falar sobre meu passado muito menos relembrar ele.

- Não posso, vou colocá-los em perigo.- Eu estava me referindo aos meus avós, sei que não é sobre eles que Fellipy está falando mas não estou errado.

Qualquer visita estranha gera fofoca até chegar em quem não pode. Então é melhor deixá-los bem, nos cuidados de woongmin e jooyeon.

- O senhor sabe que não é disso que estou falando.- cruzei meus braços esperando ele continuar.- o senhor tem que ir visitar seus pais, hoje é um dia especial pra você e eu sei disso. Não adianta se culpar por algo que você não tem culpa.

Eu absorvi suas palavras, voltei a olhar para a janela sem muita expressão.

- Não sou digno de visitá-los, eu causei a morte deles.- mesmo aquela frase ainda me doendo um pouco, com muito esforço consegui falar.

- O senhor sabe que não é verdade, aquilo foi um assassinato, o senhor era uma criança como poderia prever tal acontecimento?

- Tá bom, tá bom. Vamos passar na floricultura antes.

- Tá bom!- deu um sorriso vitorioso por ter ganhado a discussão.

×


- Não e não!

- Por favor senhor, não será perigoso. Faz tempo que o senhor não os visita. Eles devem estar com muita saudade do senhor agora.

Depois que visitei o túmulo dos meus pais com fillipy, ele insiste que tenho que ir visitar meus avós.

- Eu já te disse que não!

- A mas o senhor vai sim!

- HAHAHA quero ver você tentar!

×


- Oi vó, oi vô, como vocês estam?

- Mun como você cresceu querido.- minha vó veio me abraçar. Ela está fazendo um ótimo tratamento psiquiátrico e parece que está funcionando.

- Tem razão querida, ele já é um homem e tanto.- disse meu vô orgulhoso.

A casa não mudou nada. O jardim ainda está com as flores favoritas da vovó. A casa ainda tinha aquele ar confortável e modesto de quando eu vinha com meus pais. Não que eu lembre de muita coisa.

Depois de meus avós fazerem tantas perguntas eu deixei Fellipy na sala com eles e, enfim pude visitar meu quarto. Era o quarto que eu dormia quando meus pais saiam a trabalho, na verdade eu passei mais tampo aqui do que na minha casa.
É claro, eles eram policiais muito bons no que faziam, eu sempre fui um filho muito compreensível então tentava ao máximo não deixá-los preocupados.

Olhei meus desenhos antigos presos na parede, até que avistei uma caixa encima do meu armário. Eu não me lembro dela.

A peguei e me sentei na cama colocando-a em minha frente, ela estava bem empoeirada. Quando eu ia abri-la meu avô abriu a porta de repente me fazendo ter um leve susto, me virei pra ele sem esperando seu recado.

- Você viu a caixa não é?- Eu assenti e ele continuou.'- vou deixá-lo sozinho, depois vá jantar conosco.

Eu assenti e ele fechou a porta me deixando sozinho novamente. E minha atenção se voltou para aquela caixa novamente. Meu avô parecia um pouco receoso quando viu aquela caixa, só me deixou mais curioso.

Abri a caixa e pude ver as coisas dos meus pais, mais especificamente as coisas de trabalho deles. Aquilo era muito precioso pra mim, me perguntava aonde estaria, mas... por que eles não me deram isso antes?

Quando eu achava que tinha acabado vi uma caixa rosa com a tampa florida. Peguei ela e a abri sem muita pressa, sinto que o que tem nessa caixa vai me surpreender muito.

Eu a abri, tinha muitas cartas desenhos e caixinhas. Mas o que mais me intrigou foi um álbum pequeno que tinha ali.

Desamarrei um laço rosa que mantinha o fechado, virei sua capa e vi que nela tinha um texto escrito com uma letra muito bonita.

𝓜𝓲𝓷𝓱𝓪 𝓺𝓾𝓮𝓻𝓲𝓭𝓪 𝓹𝓮𝓺𝓾𝓮𝓷𝓪 𝓵𝓾𝓪...

𝓐 𝓼𝓾𝓪 𝓬𝓸𝓶𝓹𝓪𝓷𝓱𝓲𝓪 𝓯𝓸𝓲 𝓾𝓶𝓪 𝓫𝓮𝓷𝓬̧𝓪̃𝓸 𝓮𝓶 𝓶𝓲𝓷𝓱𝓪 𝓿𝓲𝓭𝓪. 𝓣𝓸𝓭𝓸𝓼 𝓸𝓼 𝓷𝓸𝓼𝓼𝓸𝓼 𝓶𝓸𝓶𝓮𝓷𝓽𝓸𝓼 𝓳𝓾𝓷𝓽𝓸𝓼 𝓯𝓸𝓻𝓪𝓶 𝓽𝓪̃𝓸 𝓫𝓸𝓷𝓼 𝓺𝓾𝓪𝓷𝓽𝓸 𝓸𝓼 𝓼𝓮𝓾𝓼 𝓭𝓮𝓼𝓮𝓷𝓱𝓸𝓼.

𝓘𝓷𝓯𝓮𝓵𝓲𝔃𝓶𝓮𝓷𝓽𝓮 𝓽𝓲𝓿𝓮 𝓺𝓾𝓮 𝓿𝓸𝓵𝓽𝓪𝓻 𝓪 𝓘𝓽𝓪́𝓵𝓲𝓪 𝓮 𝓷𝓪̃𝓸 𝓹𝓾𝓭𝓮 𝓶𝓮 𝓭𝓮𝓼𝓹𝓮𝓭𝓲𝓻. 𝓘𝓼𝓼𝓸 𝓷𝓪̃𝓸 𝓮́ 𝓹𝓻𝓪 𝓼𝓸𝓪𝓻 𝓬𝓸𝓶𝓸 𝓾𝓶 "𝓷𝓾𝓷𝓬𝓪 𝓶𝓪𝓲𝓼 𝓿𝓪𝓶𝓸𝓼 𝓷𝓸𝓼 𝓿𝓮𝓻" 𝓹𝓸𝓻 𝓺𝓾𝓮 𝓯𝓪𝓻𝓮𝓲 𝓭𝓮 𝓽𝓾𝓭𝓸 𝓹𝓻𝓪 𝓷𝓸𝓼 𝓻𝓮𝓮𝓷𝓬𝓸𝓷𝓽𝓻𝓪𝓻𝓶𝓸𝓼 𝓭𝓮 𝓷𝓸𝓿𝓸 𝓮 𝓮𝓷𝓯𝓲𝓶, 𝓬𝓸𝓶𝓹𝓻𝓲𝓻𝓶𝓸𝓼 𝓷𝓸𝓼𝓼𝓪 𝓹𝓻𝓸𝓶𝓮𝓼𝓼𝓪 𝓭𝓮 𝓷𝓸𝓼 𝓬𝓪𝓼𝓪𝓻𝓶𝓸𝓼.

𝓛𝓸𝓰𝓸 𝓮𝓾 𝓿𝓸𝓵𝓽𝓪𝓻𝓮𝓲 𝓹𝓪𝓻𝓪 𝓿𝓸𝓬̧𝓮̂, 𝓮𝓷𝓽𝓪̃𝓸 𝓿𝓲𝓿𝓪 𝓫𝓮𝓶 𝓮 𝓷𝓪̃𝓸 𝓶𝓮 𝓮𝓼𝓺𝓾𝓮𝓬̧𝓪 𝓪𝓽𝓮́ 𝓵𝓪́.

𝓬𝓸𝓶 𝓪𝓶𝓸𝓻
𝓢𝓾𝓪 𝓺𝓾𝓮𝓻𝓲𝓭𝓪 𝓷𝓸𝓸𝓷𝓪♥︎

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