Encontrando Snow ( 4 livro da série Fairytale Shifter )

Capítulo 7

Koda

Saio da casa, sem pensar em nada que não seja o
nome que Snow disse. Jack Madden.Ele era o ser humano horrível que fez coisas terríveis para a
nossa espécie. Quando estava lá, ele era o único liderando a instalação. Tenho certeza que era o dono do lugar. Todos respondiam a ele e ele parecia estar tomando as decisões.

Quando estava lá, tinha a sensação de que se ele aparecesse, o local teria desmoronado. Podia sentir
a dissidência nas pessoas que lá trabalhavam e sabia que ele poderia destruir tudo. A única pessoa que parecia querer estar lá era Madden.

Sabia que teria que esperar o momento perfeito. Esperei até que ele ser o último no laboratório naquela noite. Às vezes, ele ficava até mais tarde e fazia experimentos que os outros técnicos não estavam confortáveis em fazer. Eles sabiam que estava longe demais, mas ninguém estava disposto
a impedi-lo.

Na minha última noite lá, ele entrou no laboratório furioso.Estava me culpando por coisas que não tinha nenhuma ideia. Ele disse que nossa espécie era uma doença para a humanidade e ele ia curá-los. Pensei por um longo tempo que ele queria nos fazer algum tipo de super-raça com seus experimentos, mas logo
percebi que só gostava de nos torturar. Ele era louco. Sabia que um dia ele iria me matar, e sabia que o dia finalmente tinha chegado.

Vi a agulha sobre a mesa e sabia que tinha uma chance de fazer minha jogada. O ultimo técnico a sair colocou tesouras na mesa perto de mim e me deu um olhar. Eu não conseguia descobrir por que ele fez isso, até Madden entrar. Então soube.Ele estava me dando uma chance.

Enquanto estava de costas, peguei a tesoura e cortei as algemas. Antes que pudesse formar um plano, Madden virou-se e eu corri, afundando a tesoura em sua garganta. Num movimento,meu captor estava no chão, sangrando até a morte.

Esperei, tesoura na mão, e assisti até que a luz deixou seus olhos. Queria ter certeza de que nunca faria isso para ninguém nunca mais e que outros shifters não sofreriam como eu. Tirei o que pude no curto período de tempo que tinha. Achei outros shifters e os soltei. Todos fugiram tão rápido quanto puderam sem um segundo olhar. Fui para fora e encontrei um pouco de gasolina num prédio de armazenamento nas proximidades.

Assisti o fogo, tendo a certeza de que não ter deixado nada além de cinzas. Uma vez que ficou claro, saí de lá e comecei a correr. Corri para alguns shifters dias mais tarde e eles me ajudaram.Tudo o que conseguia pensar era encontrar Winnie.Não pensei sobre o que tinha feito, mas até agora não me arrependo.

Quando cheguei a uma clareira na floresta, parei tentando recuperar o fôlego. Como poderia meu companheiro me querer quando matei seu pai? Será que ela sequer me olharia quando soubesse a verdade do que eu tinha feito?

Há uma dor no meu peito, e sei que é porque estou separado dela. Não sei o que fazer. Não saberei o que vou fazer se ela me afastar. Os últimos dias têm sido os mais doces que já tive.Nunca pensei que teria algo parecido novamente. Ela empurrou para trás toda
a escuridão que sempre esteve presente. Quando estava com ela, a escuridão foi embora. Eu não via nada, além dela. Minha pequena companheira perfeita.

Quero voltar para a nossa casa e dizer o que fiz, mas o que acontece se ela me afastar? Meu urso geme com o pensamento,sabendo que iria nos rasgar. Ser rejeitado por um companheiro não acontece com shifters, mas ela é humana. Isto pode me deixar em estado de choque.Caio de joelhos na neve, colocando minha cabeça nas mãos.Não tenho ideia do que fazer. Sinto-me perdido.

— Koda?

A voz do Alfa me faz olhar para cima. Stone está por perto,mas nem sequer o ouvi chegar. Estou tão perdido em pensamentos e dor que ignorei todo o resto.

— Está tudo bem, irmão?

Ele se aproxima e ajoelha ao meu lado, olhando em meu corpo, eu suponho, procurando uma lesão.

— Minha companheira—, digo, e sinto a dor no meu coração.

— Ela está machucada? — Pergunta ele, como se já soubesse sobre ela. Talvez seus irmãos tivessem ido a ele depois de eu ter deixado a nota.

— Não. Não é nada disso.

Stone põe a mão no meu ombro, e sinto o peso do Alfa falando comigo. Não é da minha natureza me curvar a ninguém,mas estar nesta matilha significa fazer o que meu líder pedir, e por isso, meu urso o escuta.

— Koda. Diga-me o que está errado.

Deixo escapar um suspiro profundo e explico o que aconteceu com Snow e eu. Como a encontrei e como ela é minha companheira, e então lhe conto sobre a confissão, que era seu pai, e o que isso significava para mim.

— Não quero fazer nada que trará dor a ela. Mas temo que se eu contar a verdade, ela pode me afastar

O peso das palavras é quase esmagador, e a dor em meu corpo está piorando. Não posso ficar longe dela por tanto tempo sem consequências.

— Eu vou com você, irmão. Vamos falar com ela juntos.

Concordo. Não há nenhuma discordância com o Alfa. E talvez ele vá fazê-la entender o que me afasta. Ele é melhor com as pessoas que eu. Muitas vezes sinto uma perda de palavras.Depois de ter sido mantido em cativeiro por tanto tempo,algumas
das minhas habilidades sociais não são o que costumavam ser.

Levanto-me do chão, e ele me segue de volta para a minha cabana. Quando a vejo, estou chocado que a porta está aberta.Chocado que a deixei assim. Estava tão chateado quando fui lá fora que me esqueci de trancar a porta. Deixei-a desprotegida. O pânico me bate forte e rápido como nada que senti antes, indo
todo o caminho até meus ossos.

— Snow!

Corro para a casa em pânico, e sei em meio segundo ela não está dentro. Olhando para baixo, vejo suas trilhas, e começo a correr atrás, a seguindo pela floresta. Sinto Stone ao meu lado,acompanhando-me, e corremos por um longo tempo antes de encontrar um grande conjunto de trilhas do lobo ao lado de suas pegadas.

— Seus irmãos. Os Denali—, digo, ofegante.

Stone concorda e corremos indo para uma cabana na periferia da terra protegida.Quando chego lá, posso cheirar os lobos e minha companheira. Meu urso empurra todo o caminho para frente, e mal seguro minha pele quando ele ruge sua raiva.

Vou derrubar esta maldita casa, tábua por tábua até que eles me darem o que é meu.