━━━ ❝ Doce veneno, enviada para enganá-lo antes de enviá-lo à morte. Como um presságio ruim, seu coração acelerava sempre que ele observava a jovem sobrinha da rainha Alicent. Seus olhos eram tão escuros e cercados de incerteza quanto seu coração. J...
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▸ ⊹ ⚔️ ┊✸ ❝ Sonhos são fantasias criadas em nossas mentes, refletindo o que mais desejais. Você deseja ser amada, senhorita? ❞ :: ˎ'- . . . . . . . . . .
A postura de Selyse falhou ao ver sua tia se aproximar, sua mão sutilmente segurando a sua. Não como apoio, mas como uma declaração. Era notório que a rainha se encontrava tão desconcertada quanto a menina; rancor parecia ser a melhor palavra para descrever aqueles olhares julgadores aos integrantes da família real.
━━━━ Vá... preciso ter uma palavra a sós com a princesa. ━━━ ordenou. Sua respiração parecia tão lenta que fazia cócegas no ouvido da mais nova, que rapidamente concordou. Suas próximas palavras saíram em um sussurro: ━━━━ Conte-me se ver algo incomum.
Entre linhas abertas era possível entender do que se tratava, fique de olho nos filhos da princesa.
━━━━ Sim, minha rainha. ━━━ Selyse respondeu, suas orbes esverdeadas voando para Rhaenyra. Ela curvou-se antes de sair apressada da sala, seus dedos apertando-se ao redor de sua saia.
Uma das melhores maneiras de apreciar o alívio de estar sozinha era nos arredores frescos do castelo. A entrada da fortaleza lhe proporcionava uma boa visão do que poderia haver além dos muros, despertado um certo anseio em visitar tais terrenos, mas sem possibilidades.
O risco para uma lady nas ruas de King's Landing era enorme, e Selyse conhecia bem as histórias. Nas últimas noites que passara com sua família, seu primo fazia questão de contá-las; eram assombrosas. Pelo menos, nas versões de Aegon. Seus olhos piscaram rapidamente ao notar a pequena escada à frente. A Reyne desceu de maneira educada, como uma dama faria, embora desejasse correr para acompanhar a luta que iniciará.
A ruiva se aproximou, observando a forma como seu primo se preparava para iniciar. Era estranho como o olho dele sempre parecia julgar, avaliando cada um de seus movimentos. Havia uma pergunta estrondosa em sua mente: ele a culpava tanto quanto sua tia atribuía a culpa ao príncipe Lucerys?
Ela tentou defendê-lo, disso lembrava-se bem. Sua cabeça balançou inconscientemente, tentando afastar aqueles pensamentos. Outro momento, Selyse. Não agora. Os murmúrios atrás de si foram suficientes para fazê-la virar e afastar as elucubrações sobre aquela trágica noite. Sua ruga pesada no rosto sumiu ao ver o garoto, quase de sua altura, tentando avistar o que acontecia.
━━━━ Atrapalho, meu senhor? ━━━ indagou, com um sorriso contido, achando graça no garoto na ponta dos pés, que instantaneamente corou.
