Os pneus da Lamborghini Aventador saltavam com velocidade pelas ruas de Salvador, o carro fazia curvas perfeitas e perigosas por algumas esquinas. Havia batido meia-noite o que tornava mais difícil a ronda de viaturas pela cidade e contando com isso, tornava uma ótima noite para acontecer um racha naquela calorosa madrugada.
Pela janela do carro era possível enxergar borrões de luzes neons das casas noturnas, e junto a elas, filas gigantes de pessoas que esperavam ansiosamente para entrar e se divertirem intensamente. Essas mesmas pessoas acompanhavam em sincronia o extraordinário carro se perder por entre as ruas com rapidez.
Trocou de marcha e entrou em uma rota que levava para a antiga passagem de trens abandonados. Ao chegar em um dos túneis, levou o pé no acelerador e praticamente voou sobre os trilhos enferrujados. Ainda dentro do carro escutava o som alto das caixas de som, vindo do espaço que haviam organizado.
Desceu os vidros, retirou um das mãos que estavam manuseando o volante e em seguida apoiou o cotovelo na janela. Com a outra mão, girou o volante, pisou no pedal do freio ao mesmo tempo em que puxava o freio de mão; rapidamente os pneus se curvaram e fizeram um som característico de derrapagem.
A galera que estava em volta gritava e assobiava pela ótima entrada de Justin Bieber. Ele não sabia ao certo se detestava toda aquela atenção, ou se gostava. No fim, independente do que sentia, deveria sustentar. A comoção ficaria para mais tarde.
— Vamos começar com isso logo. — disse, assim que deu de encontro com seus amigos.
— Hola a ti también, papá. — uma garota de pele negra e cabelos trançados chamou sua atenção.
— Sim, sim. — mexeu a cabeça em concordância, sem muito interesse.
— Maldito hijo de puta grosero. — cruzou os braços irada.
— É Eloise, as pessoas não são tão amigáveis como antigamente.
— Gente, cadê o Hoseok? — Justin olhou em volta, ignorando o drama de seu outro amigo.
— Está pegando o dinheiro das apostas do restante da galera. A noite está cheia, chefe.
— Ah, Theo, não chame esse velhote de chefe, senão ele ficará mal acostumado.
Ao escutar aquilo sair da boca da garota, seus olhos aumentaram de tamanho.
— Velhote? — repetiu indignado. — Assim você está me ofendendo Eloise Marie de La Cruz.
— Corta essa. — riu e deu um soco fraco no bíceps do amigo. — Você sabe que eu detesto esse nome.
— Marie. — Theodore mexeu a boca como quem avaliasse algo. — Parece que estou me referindo a uma adolescente, patricinha de Beverly Hills.
— E não estamos falando de uma? Riquinha, mimada, carro esportivo. Tudo bem que não é rosa, pra ser o combo completo, mas é lilás, o que não muda muito. — Justin ressaltou.
— Ah, calem a porra da boca.
— Certo. — Hoseok deu as caras, segurando um bolo de dinheiro em suas mãos. — Como é de costume, alguns de nós vamos participar. E como das últimas vezes nós fomos. — girou o dedo dando a entender que Justin não fazia parte desse meio.
— Pedra, papel ou tesoura? — ele propôs.
— Pedra, papel é o caralho. Pode entrar naquele carro e vencer. — Eloise bateu o indicador em seu peito.
— Que tipo de exemplo eu estarei dando ao meu irmão?
— O que você quer que eu faça com isso? Jungkook não obedece a você nem com reza braba. Então não me vem com essa, loiro.
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DYNAMITE
FanfictionA vingança costuma ser atraída pelo sentimento desinibido do ódio. O rancor sobre algo do passado que com o tempo foi guardado, mas nunca esquecido. A morte de Emma Bieber perdurou por muito tempo no coração de Jungkook; que mostrava sempre estar de...