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Hanna

— hanna ??? — conheço essa voz, não preciso nem olha para saber a quem pertence

— meu Deus vc voltou quando ? — Renato diz se sentando na poltrona ao lado de Apólo

— não faz muito tempo, daqui a alguns dias eu volto para a casa do meu irmão — digo desconfortável

— como vc está ?

— estou bem Renato, e se vc não percebeu que estou acompanhada ? — o mesmo na hora olha para o lado

Apólo está me encarando, mas deposita seu olhar para Renato

— quem é ele ? — sua voz contém deboche

Reviro meus olhos me levantando, e na hora Apólo se levanta também

— ninguém da sua conta — pego na mão do mesmo e o carrego para a pista de dança

— quem era ele ? — Apólo pergunta enquanto andamos para baixo, mas milagrosamente o mesmo acaricia minha mão

— meu ex

— seu ex ? Sorte a dele que eu não falo a língua dele — o mesmo resmunga irritado

Na hora me sinto aliviada

— vc quer ir em bora ? — pergunto olhando para ele

— vc quer ? — sua voz é calma em tranquilizante

— não sei, não queria deixar de me divertir, mas também não quero ficar pensando que ele está nos observando

— pq ? Vc ainda sente algo por ele ? —  seu olhar é de desespero

— sinto ódio e repulsa. Vc viu a forma como ele te olho de cima a baixo ? Que ódio, ele te ignorou, não que vc fosse entender alguma coisa que ele fosse falar mais cara

Em seu rosto  agora tem um sorriso grande

— bom então vamos dançar, vamos curtir e vamos fazer tudo isso como faríamos antigamente— ele me puxa até a pista e assim dançamos

Dançamos como nunca, esquecemos de todo o resto, como se só existisse apenas eu e ele massa pista

Percebo que Apólo agora está me olhando

— está tudo bem ? — grito

— eu quero te beijar

Imagino ter escutado errado, então reforço a pergunta

— oq ?

— eu quero muito te beijar, muito mesmo

Olho para seus olhos, e não vejo desejo, vejo carinho, vejo sentimento

— e oq vc está esperando para me beijar ? — pergunto me aproximando

— sua permissão...

— e vc precisa ?

— desde que te machuquei sim — Apólo coloca suas mãos em meu rosto e então me pergunta — eu posso ?

Não dou uma resposta, eu apenas junto nossos lábios, e assim começamos um beijou calmo e sem pressa nenhuma

Estava tudo perfeito até eu sentir alguém puxar meu braço, por um triz eu não caio

— qual é o seu problema ? — Renato grita

Realmente estou sem entender

— vc já está dando para ele ? — o mesmo continua berrando

Apólo entra em minha frente para me proteger

— vc deu e ele não te largou ? Que progresso

— qual é o seu problema — grito de volta

Nesse momento estou com dó de Apólo por não estar entendendo nada

— vc me humilhou, pegou minha melhor amigo, e agora acha que depois de meses em que terminamos vc se acha no direito de me cobrar alguma coisa ?

— esse bosta não fala não ? — Renato se refere a Apólo

— ele não fala sua língua

— han vamos em bora

— han ? Já são íntimos ?

— porra — pego o braço de Apólo e o guio para fora da boate

— vai fugir ?

— ignore ele — eu digo

— estou me sentindo um inútil por não conseguir te defender — o mesmo reemunga

— esquece isso, só vamos para o hotel — estou revoltada é claro

Mas não com Apólo, o coitado nem falar a minha língua fala

Vc é o perigo Onde histórias criam vida. Descubra agora