Kylie está de volta a sua cidade natal, após passar os últimos seis anos estudando na Venezuela. Ao voltar, a garota tem de se adaptar à nova vida, nova escola, novos amigos, novos amores, novas paixões e novos, definitivamente, novos problemas.
Os...
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"Querido diário, eu estou de volta à minha cidade natal"
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California, Los Angeles - 19:54PM.
O Honda Civic RS na cor preta diminuía sua velocidade gradativamente ao se aproximar da grande estrutura de cor branca e portas escuras, o volante foi girado em 220° graus, o freio foi pressionado e o automóvel foi estacionado em frente ao portão da garagem.
O homem que estava dirigindo, virou e retirou a chave do cilindro, destravando as portas e saindo do carro, sendo seguido pela mulher que estava no banco do passageiro ao seu lado e por mim, que estava largada nos bancos de trás.
Quando abri a porta, uma brisa fria bateu contra minha pele, especificamente em meu abdômen e braços que estavam descobertos por eu estar usando apenas uma calça cargo azul marinho e um cropped preto sem mangas que deixava meus ombros e clavículas expostas.
- O caminhão de mudança chega pela manhã. - Meu pai afirmou estralando o pescoço, se aproximando de mim e passando uma braço em volta de meus ombros.
- Vamos descansar, a viagem foi longa. - Minha mãe declarou bocejando em seguida.
- Eu estou exausta. - Independente de ter dormido a maioria do tempo de viagem, eu poderia dormir por horas. A diferença de horário e de clima da Venezuela para Los Angeles, era algo que eu sentia falta, mas havia me desacostumado com o tempo fora.
Entramos para dentro da casa, ao passar pela porta, demos de cara com a sala e uma cozinha estilo americana, dois cômodos bem amplos. À esquerda, um corredor com duas portas, que julguei ser uma o banheiro e outra, um quarto. Ao lado do pequeno corredor, uma escada em direção ao segundo andar.
Seguimos caminhando para o segundo andar, estávamos todos cansados de viajar por vinte e três horas seguidas, então apenas subimos as escadas de madeira negra para conhecer o local.
Havia um enorme corredor, mais largo que o do andar de baixo e com mais portas. Eram quatro portas de madeira pintadas de branco no total, sendo duas no lado direito do corredor e duas no lado esquerdo. As paredes pintadas de cinza com quadros antigos pendurados.
As portas do lado esquerdo eram quase frente a frente, que ao caminhar até elas e abri-las, descobri ser uma delas um quarto e a outra um banheiro, sendo assim, as outras duas que ficam no lado direito, eram quartos também.
Adentrando no quarto que minha mãe alegou ser meu, observei ao redor, não havia móveis, apenas dois colchões de solteiros em pé apoiados na parede, uma porta branca que deveria ser o banheiro e uma janela de vidro com bordas pretas que me dava a visão da parte frontal de nossa nova casa e do carro estacionado em frente a garagem.
- Bom, está tarde, vamos subir as malas, hum? - Meu pai proferiu atrás de mim, me virei focando minha atenção nos mais velhos e minha mãe confirmou com a cabeça.
