A (Des)esperançosa vida amorosa corporativa

Primeiro Capítulo: Piloto

"Passar a vida toda em uma caixa tem as suas vantagens, é confortável, sabe chamam a zona de conforto desse jeito por algum motivo né? Então por que mudar? Queria que tudo ainda fosse igual minha infância, era tão mais fácil..."

Matheus sempre foi uma pessoa dedicada, embora não fosse o mais brilhante, o mais forte, o mais bonito e nem o mais engraçado, ele ainda sabia que tinha o seu valor e o seu lugar no mundo, só bastava conquistá-lo. Sua família sempre o apoiou em conquistar seus sonhos, de classe média dinheiro nunca foi um problema real, estudando em uma cidade dos arredores da capital de Goiânia, Matheus passou seus anos estudando e também fazendo amigos que no passo das suas muitas mudanças de colégios iam ficando apenas na sua memória, no ensino médio além das amizades e dos estudos conseguiu uma namorada, meio no susto ele aceitou um pedido de uma garota que era sua amiga já algum tempo, como eles passavam um tempo legal juntos, Matheus se perguntou "Ora, porque não né?", e nesse meio tempo tiveram um relacionamento que cada vez ia se aprofundando mais, até que aquilo que sempre acontecia retornou a acontecer, Matheus teve que se mudar novamente, dessa vez ele iria sair da cidade de interior que ficava ao redor da capital para a própria cidade de Goiânia, o término era inevitável, não havia como prosseguir depois daquilo, e Matheus que não sabia da mudança acaba partindo sem se despedir, rumo a sua nova vida Matheus termina o ensino médio, um pouco abatido e ressentido de ir embora sem despedir, mas ele não iria deixar um contratempo tirar o seu foco, ele ainda queria ter um vida independente e conquistar sua vida longes dos pais, que apesar de serem bons pais acabavam sufocando Matheus, anos se passam e o ensino médio é concluído, ele finalmente poderia pensar no mercado de trabalho e sobre o que fazer da vida. Mas a devido a alguns problemas financeiros Matheus começa a trabalhar e ajudar a sua família na casa, mesmo assim ele continuou sempre mirando seu sonho, e após alguns anos quando as coisas se estabilizaram ele decidiu que sua vida tinha que ter uma virada.

Após um período de reflexão Matheus se esforça passando um ano estudando para um processo de seleção de um famoso banco, era a oportunidade dos sonhos, localizado no Setor Marista, um bairro nobre da região, oferecendo um bom salário até mesmo para um recém-formado no ensino médio como ele, que só tinha experiência com alguns empregos fora da área. Matheus não consegue passar de primeira, mas após uma pessoa desistir da vaga ele conquista a vaga de emprego, animado com a nova oportunidade, ele se despede de sua família, a agradecendo por tudo e parte para alugar um imóvel perto do trabalho... que vai custar mais da metade do seu salário..., realmente o custo de vida em um bairro nobre é algo a se temer, mas Matheus não desiste e busca mais longe e acha imóveis com preços adequados, e talvez alguns vizinhos histéricos, ter que acordar 4 da manhã para chegar a tempo no trabalho e a criminalidade vem aumentando na região... Mas nada que abale Matheus, seu emprego dos sonhos estava batendo na porta e um novo mundo de maravilhas e novas experiências estava prestes a se abrir.

Victor (Chefe do Matheus): Eu não acredito nisso, eu me recuso a acreditar nisso, quem autorizou um contrato de empréstimo com essas taxas? Fale logo, se não vai estar no olho da rua antes do almoço!

Enquanto isso na sala dos funcionários momentos antes disso:

Luís (Colega e amigo de Matheus): Ferrou, ferrou, ferrou, eu não acredito, eu esqueci de revisar o contrata, me ajuda Matheus desse jeito eu vou ser demitido!

Matheus: Para ficar o tempo todo do seu turno iludindo a garota que você tá ficando parece um leão, para ler um simples acordo de 8 páginas tá igual um gatinho, mas fazer o que né? Vou ter que te ajudar porque no dia eu tava cobrindo seu turno, se você for demitido vai sobrar para mim também.

Luís: Já te falei que você é meu colega favorito? Não comenta com o chefe que eu te disse isso tá? Ainda quero entrar naquele club de tênis esnobe que ele frequenta.