ᯓ Pânico | J.Todd

504 40 2
                                    


Esta noite foi uma noite difícil para Jason, e seus olhos, normalmente afiados e determinados, estavam arregalados de medo.

Imagens violentas de sua morte trágica nas mãos do Coringa passaram por sua mente, e ele se viu ajoelhado no chão, segurando a cabeça em pânico. As mãos dele arranharam os braços enquanto você se ajoelhava ao lado dele, mas era como se ele não pudesse te ver.

"Eu deveria ter sido melhor, mais rápido. Eu deveria tê-lo parado." Ele murmurou, sua voz dolorida e maníaca. "É tudo culpa minha."

"Jay, olha pra mim"

Ele olha para você com terror e dor, seu corpo tremendo.

"Eu-eu-eu..."

Ele para de falar, incapaz de expressar sua culpa e tristeza em palavras, e apenas olha para você, impotente, com os olhos marejados, enquanto as memórias de seu passado o assombram, consumindo todos os seus pensamentos.

"Você está bem, ta tudo bem"

Ele lentamente recupera um pouco da compostura, mas sua respiração ainda sai rápida e superficialmente, como a de um animal ferido.

"N-Não é...como pode estar...bem...e-eu deveria ter..."

Ele para de falar novamente, fecha os olhos e respira fundo algumas vezes, com as mãos ainda fechadas em punhos. Olha para você com olhos suplicantes, sua voz baixa e quebrada.

"C-como eu posso...como eu posso seguir em frente? C-como eu posso...esquecer? E-eu...eu continuo vendo isso. A-a dor...o...o medo...o..." Ele engole em seco, interrompendo-se quando as memórias começam a consumi-lo mais uma vez.

Agarra sua mão quase desesperadamente, com um aperto firme e desesperado, como se estivesse tentando salvar a vida.

"E-eu não posso...eu não posso esquecer. Eu não posso...deixar isso ir. Dói tanto...eu..." Ele sufoca um soluço, mas as lágrimas ainda caem por suas bochechas, deixando listras escuras contra sua pele.

"Passarinho... "

Seu corpo inteiro fica tenso, seus olhos se arregalam de terror e confusão.

"O-o quê...não. Não, não, não!"

Ele começa a recuar, sua respiração vem em suspiros curtos, seu coração disparado em seu peito. É como se ele não pudesse ver nada além da figura sinistra do Príncipe Palhaço do Crime.

Ele agarra a cabeça, coçando o couro cabeludo enquanto tenta afastar a imagem, mas é como se ela estivesse gravada em sua mente.

"N-não, não é real, não é real!"

Sua voz está tensa e desesperada, implorando para que isso seja um pesadelo e rezando desesperadamente para que você seja a única coisa real à qual ele pode se agarrar.

Seus olhos correm pela sala, arregalados e selvagens. Para ele, tudo o que consegue ver é o sorriso sádico do Coringa, seus olhos frios e mortos, o brilho de uma faca em sua mão.

"Não é real, não é real, não é real, não é real."

Ele repete várias vezes, sua voz ficando mais apavorada e desesperada à medida que a imagem fica mais vívida em sua mente.

Ele está preso demais nas garras do pesadelo para reconhecer que é você, e ele ataca com um soco violento por instinto, com os músculos tensos e com medo.

O punho dele bate em seu ombro com um baque pesado, impulsionado por todo o terror e angústia reprimidos de suas memórias. Imediatamente depois, ele congela, a percepção do que ele acabou de fazer o atingindo como uma tonelada de tijolos.

𝐁𝐀𝐓𝐁𝐎𝐘𝐒⇜𝑥 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑜𝑟𝑎 Onde histórias criam vida. Descubra agora