Vou te dizer em sonetos doloridos
O que na prosa não tem jeito nem trato
Falar-te-ei dos meu receios e infortúnios
Da minha dor, pequenez e descalabroFomos juntos, eu e você, um doce lar
O abraço certeiro, um local pra amar
O que sucedeu nos vitimou sem razão
Maltratados seguimos, sem resoluçãoDo amor que sinto, o que hei de fazer?
Se o deixo às traças, hei de perecer
O amargor fez-se sabor sem perceberEscrevo na esperança como oração
Para dizer que sim, tenho opção
Te digo te amo mil vezes, até sem razão