Lisa sempre soube que há diversas maneiras de um destino se enlaçar a outro, no entanto ela jamais se preparou para a perda da sua melhor amiga e logo depois a obrigatoriedade de seguir o tratamento com um médico recluso, babaca, mau humorado, fecha...
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Observo a pequena morena dormir e me afasto da sua perna depois de terminar a massagem, caminho até o banheiro, lavo as minhas mãos e depois volto para o quarto em busca de organizar tudo que deixei espalhado pela cama dela. Lisa Deivenn dorme suavemente e com a respiração bem leve, a garota é super diferente de acordada e confesso que fiquei impressionado quando ela começou a gritar comigo daquele jeito.
Tive que a interromper, pois fiquei seriamente preocupado que ela desse um ataque do nada e o que ela falou veio direto para a minha mente me perturbando durante os minutos seguintes que fiquei massageando a sua perna. Não posso discordar que A Deivenn estava certa em reagir daquela forma.
Eu ouvi claramente ela dizendo para a enfermeira que não fez parte disso e mesmo assim gritei com ela para que ela me contasse algo que não era da conta dela e ainda fiz isso quando a garota estava sofrendo com um dor enorme.
Merda, eu fui a porra de uma babaca!
Sou o médico dela, mas não tenho direito de ficar gritando e nem falando o que não deve. Faz tempo que não tenho uma crise de consciência, mas o jeito que ela sussurrou as palavras que eu disse dias atrás com ela me quebrou e não havia como simplesmente esquecer.
Na sexta, ela faria a cirurgia e não quero que nada dê errado e por isso preciso que ela melhore e que fique calma e isso não vai acontecer se eu continuar discutindo com ela. A observo dormir por meia hora e quando tenho certeza que ela não vai acordar com dor me retiro do quarto e peço aos meus seguranças que a olhe a cada uma hora.
— Querem que vocês a observem a cada hora, se algo acontecer me chamem imediatamente e tambem façam isso quando ela acordar. — Dou um passo para a frente me afastando, mas logo me viro.
— Vocês dois sabem o que está rolando aqui no hospital? E, por que estou envolvido?— Os dois se olham e vejo em seus olhos a duvida de quem abriria a boca primeiro ou se deveriam ou não me contar. — Só me contem, estou sem paciência e se me falarem vão poupar o meu tempo de entrevistar cada um dos profissionais desse hospital. — Peço passando a mão pelos os meus cabelos.
— Senhor, algumas mulheres fizeram uma ... — Levanto a minha sobrancelha para o segurança que estava molhando o rosto da Deivenn quando cheguei. — Elas fizeram uma aposta sobre quem dormiria com você primeiro e os lances foram altíssimos. — Abro a minha boca duas vezes antes que consiga falar.
— Como é que é? — Pergunto alarmado, confesso que esperei qualquer coisa, menos isso. — Vocês estão falando serio? — Eles ficam em silêncio e respiro fundo para não gritar e começo a caminhar pelo o hospital. Em que ano esse povo estão? O trabalho deles era servir as pessoas no hospital não a mim.
Nunca dormir com nenhuma pessoa que trabalhe no mesmo recinto que eu, até porque tenho regras super rígidas sobre essa parte e jamais deitaria com uma mulher se não houvesse descrição e não gosto da parte que ficam me procurando. Alias, o meu irmão costumava fazer isso e não acabou muito bem para ele, afinal uma usou isso para dar ordens no hospital que ele comandava.
