Pela manhã Lisa não parava de correr pela casa, Frida tentava fazer ela se acalmar e ficar quieta, era quase impossível mas tornava a manhã de Görel mais alegre e ela sempre sorria das pegadinhas de Lisa. A decisão de Frida em ficar na sua casa foi a melhor para Görel, ela no momento não se sentia bem com os acontecimentos durante os últimos dias, porém, deveria seguir em frente, coisa que não será fácil.
Görel queria sair um pouco para esquecer os problemas e ter um tempo de paz, convidou Frida para se juntar com ela, Frida não aceitou o convite mas permitiu que Lisa a acompanhasse. Com tudo pronto Lisa e Görel se despediram de Frida e saíram para seu passeio, Frida ficou sozinha na casa, não foi ruim, mas era bom para ela pensar nos próximos dias, não seria bom ter Benny por perto dela ou de sua filha.
Ao longo da tarde Frida arrumou a casa, limpou a cozinha, sala e estava no quarto, que havia dormido durante a noite, ela queria ajudar em algo na casa da amiga e não ser só hóspede, até porque não era um momento bom para ela. O toque do telefone assustou ela, Frida não quis atender porque imaginou que era para Görel, mas o telefone não parou de tocar e chegou um momento que ela não aguentou ouvi-lo mais e foi atender.
Descendo para a sala de visita, Frida pegou o telefone residencial que tocava e atendeu, mas nada foi dito no outro lado da linha, ela tentou mais uma vez e nada, então ela desligou o telefone e deixou para lá. Não demorou muito para tocar, porém, dessa vez não foi o telefone, o som da campainha era mais alto e Frida não imaginava quem poderia ser novamente. Assim que ela abriu a porta teve um pequeno susto e seu coração disparou.
Frida: Ol-olá... - assustada tentou sorrir.
Benny: Olá, Anni-Frid! - suspirou - como vai?
Frida: bem... e você? - segurou a porta com muita força - o que você faz por aqui...?
Benny: - suspirou - vim ver a Görel... liguei para ela e...
Frida: foi você quem ligou?! - surpresa.
Benny: Sim, fui eu...
Frida: por que você não me respondeu...? - perguntou confusa.
Benny: eu achei melhor vir aqui, te ver pessoalmente. - levantou os ombros - já faz um tempo que não nos vemos...
Frida: por mim continuaria assim... - sussurrou mas ele ouviu.
Benny: hm... posso entrar? - tentou mudar de assunto.
Frida: não sei se deveria deixar um estranho entrar, ainda mais que essa casa não é minha!
Benny: Não sou um estranho... sou mais que conhecido seu! - ele tinha um olhar profundo.
Frida: entre! - deu sinal para ele entrar.
Benny entrou avaliando o lugar, na casa não havia sequer um barulho, tudo arrumado e tranquilo, ele estava ansioso para ver alguma brecha de sua filha, mas não tinha nada. Frida notou que ele estava muito observador e ela imaginou o que poderia ser, então tentou mudar os pensamentos dele.
Frida: diga o que você quer. - foi direta - não posso demorar, Görel me espera em outro lugar!
Benny: sabe o que eu estou fazendo aqui.
Frida: não, não sei! - o medo a invadiu.
Benny: Frida, onde está ela? - disse firme e ela desviou o olhar - Frida...
Frida: não sei de quem você está falando!
Benny: Frida! - bravo - não brinque comigo! Já estou a muito tempo sendo flexível com você, mas agora não aguento mais e você não tem esse direito!