Depois daquela situação, dormi com a sensação de taquicardia. Não consegui sonhar com nada, o famoso "tudo preto".Sinceramente, sempre fui de uma mente mais aberta e liberal. Mas era como se eu estivesse com uma bigorna na consciência pelo ocorrido.
Acordei 07:00, bem antes do habitual de Analissa, então levantei e fui fazer minhas higienes.
Escovando meus dentes olhando-me no espelho.
-- Vamos fingir que nada aconteceu, e fica por isso mesmo. O que que me deu? O pai da Analissa? Puta que pariu. -- Dialogava comigo mesma com a escova na boca.--
Continuava me auto aconselhando e fazendo mil possibilidades em minha própria cabeça, termino de escovar meus dentes.
Ouço passos em direção ao banheiro e destranco a porta para que Analissa pudesse entrar e a porta se abre.
-- Bom dia. -- Roberto disse se escorando no batente da porta e eu me assusto. --
-- B-bom dia... -- A sensação de taquicardia volta e minha respiração desregula.-- Pensei que fosse a Analissa.
-- Ela não vai acordar tão cedo, parece assustada Thaísa. Aconteceu alguma coisa? -- Se eu o conhecesse, diria que foi sarcástico mas não tenho repertório sobre ele. --
Ele entrou por trás de mim, pegando a sua escova de dentes. Me olhou.
Não consigui dizer nada, apenas o olhava tentando entender a sua intenção.
-- Se importa? -- Ele pede espaço e sinto seus olhos descerem para os meus seios. Concedo.--
Esse clima, eu não sei se me dá tesão ou vontade de sumir. Os dois talvez.
-- Por que acordou tão cedo? -- Ele me perguntou me olhando pelo reflexo do espelho, sem demonstrar interesse. --
-- Eu.. Despertei cedo mesmo. -- Não conseguia proferir muitas palavras, a tensão de ontem a noite ainda se fazia presente. -- Enfim, hoje eu vou ver se eu passo no escritório que você comentou ontem. -- Tento parecer simpática. --
Ele concorda e eu saio do banheiro fechando a porta.
Algum tempo depois ele sai já uniformizado, tenho que admitir, ao ver ele fardado fiquei o observando discretamente, ao menos eu achei que fui discreta. Esse homem é uma perdição.
Assim que saiu, ajeitou uma bolsa e veio em direção a cozinha, de onde eu estava. durante o pequeno trajeto vejo que seu olhar um pouco baixo. Já havia sentido o bico dos meus seios enrijecerem e parece que ele havia notado.
Ele passa por mim sério, indo em direção a geladeira e pega uma caixa de leite. Começou a preparar seu café em silêncio. Silêncio que chegava ecoar um som irritante.
-- Sobre ontem a noite, eu-- Tento me justificar.--
-- O que teve ontem a noite? -- Me olhou curioso.--
-- Ah- co-mo assim? O que teve? -- Sorri sem graça e franzo as sobrancelhas. -- É sério?
Não me parecia totalmente são, aquele momento me fez questionar a minha própria sanidade. Será que ontem foi uma alucinação?
-- Enfim, já vou indo. Eu preciso ir senhor Nascimento.
-- Hm... -- Ele continua a preparar seu café carregando uma indiferença que me espetou.--
Já havia pegado minhas coisas, estava pronta para ir.
-- O senhor pode abrir pra mim? -- O nervosismo me faz mexer os braços em funções não claras. Coloquei as mãos nos botões da minha blusa.--
Ele levantou uma sobrancelha e um riso malicioso se formou em seus lábios.
-- O portão. O senhor pode abrir o portão pra eu ir embora? -- Pigarreio antes de falar e dando ênfase no portão.--
-- Claro. -- Ele diz simples.--
Assim ele fez, caminhamos para fora nesse clima de tensão. Pelo menos pra mim, o observando por trás é como se nada tivesse realmente acontecido nada. Ele está indiferente.
Talvez seja melhor assim.
-- Obrigado. E tchau -- Passei por ele em virei para o mesmo. --
-- Não tem por que agradecer Thaísa. -- Ele disse e deu uma longa pausa, dando a deixa para seguir meu rumo até que solta a frase. --
-- Volte quantas vezes quiser pequena. -- Quando ouço me viro já um pouco distante e vejo o fechando o portão.--
Ele?... Não! Ele deu uma deixa pra eu voltar pra... Ta bom Thaísa, segue na tua antes que faça mais merda.
Já passavam das 09:30 e termino de me arrumar. O ocorrido de mais cedo preferi ignorar pelo restante do dia, agora tenho que estar apresentável para chegar no escritório.
No fundo aquilo tudo também era para Roberto, o escritório fica bem na frente do batalhão, tinham chances nem que fossem mínimas dele me ver. Se assim fosse, que eu estivesse bonita.
Desculpe pelo capítulo curto. E obrigada pessoal, o feedback de vocês estão sendo muito bons.
Queria dizer que comecei a escrever essa fanfic na brincadeira, por conta dos povs no tiktok. Obrigada ❤️
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O Pai Da Minha Amiga - Capitão Nascimento
FanficCapitão Roberto Nascimento, um homem divorciado e com uma filha universitária tem uma vida agitada apesar de estar com 38 anos. Seu trabalho ainda exigia muito dele e isso o deixava estressado, sua filha engressou na faculdade e ele tentava ser mai...