Na Praia, Nós Dois...

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Domingo - muito sol...

Eu já estava acordada muito cedo, fiquei pensando em Wagner e se realmente iríamos sair. Eu não tinha celular para saber como isso iria funcionar mas confiava em sua palavra, toda vez que lembrava da nossa última interação juntos sentia borboletas violentas pularem em meu estômago fazendo um grande calafrio ou só era a ansiedade surgindo.

Eu não conseguia comer quando estava assim, sentia que precisava de notícias e meus pensamentos estavam fervendo meu cérebro mas tentei me acalmar respirando fundo e tomando um longo gole de café forte. Já estava vestida com um biquíni de cor marrom com um vestido de banho em crochê moldado perfeitamente para meu corpo, estava também com uma bolsa de lado apenas para pertences importantes.

Depois de tentar não fritar meu cérebro escuto batidas lá fora e isso sim fez meu coração palpitar ainda mais. Quase corri em direção à porta mas tentei segurar o entusiamo.

-- Eu disse que iria vim -- pareceu que estava lendo meus pensamentos oi talvez tenha percebido o jeito que soltei o ar pela boca em alívio ao abrir a porta e vê-lo.

-- Ainda bem que chegou, fiquei em dúvida se realmente está de pé, entre por favor -- dei espaço para que ele pudesse entrar e ao passar por mim uma grande onda de perfume masculino amadeirado adentrou as narinas, mais uma vez tentei me controlar.

Ele estava usando havaianas, bermuda preta casual e uma regata de cor clara e óculos escuros, eu queria avançar em cima dele quando senti seu olhar vagar meu corpo como se estivesse pensando o mesmo que eu.

-- Senta aí, eu vou buscar mais umas coisas e volto.

Ele assim fez, sentou e ficou me esperando buscar minha bolsa e documentos. Estava animada para o dia de hoje, me sentindo uma adolescente com sua nova paixonite.

Assim que voltei ele se apressou em se levantar para abrir a porta e sairmos juntos.

-- E esse carro? -- apontei com um sorriso curioso, minha mão em minha cintura em uma posição cômica.

-- Peguei emprestado de um amigo, calma eu não estou roubando ou te sequestrando.

Ri depois daquele comentário, era um carro em boas condições e muito charmoso também, chamativo por sua cor vermelha. Ele abriu a porta e eu entrei, cavalheiro demais.

Minha mente estava querendo fritar ainda e eu não sabia quando aquele sentimento iria passar. Meu coração palpitava a cada instante com ele mas quando ele pousou a mão em minha perna que estava batendo incessavelmente tudo pareceu ficar calmo demais.

-- Calma, tudo vai ficar bem -- e mais uma vez pareceu que ele estava lendo os meus pensamentos, eu confiava nele e eu apenas lhe confirmei com a cabeça e um sorriso amarelo.

Seu toque quente em minha coxa fizeram todo sangue subir para as minha bochechas, ele deu um leve carinho no local e sorriu gentilmente mas logo que terminei de falar tirou a mão de lá para dar início ao carro e mais uma.vez a sensação de abandono me invadiu.

Talvez eu fosse uma pessoa muito entregue aos desejos e emoções. Teve uma vez que havia ficado com um garoto em uma festa e achei que iríamos ficar juntos para sempre então na mesma noite o pedi em namoro apenas porque ele me beijou com "paixão", era o que eu sentia mas tudo bem, admito que é um mal meu.

Eu gosto de me entregar para a pessoa mas ao mesmo tempo ser confusa em dobro. Talvez eu tenha azar suficiente no amor pois me sinto velha demais para recomeçar ou talvez meu mal seja os meus pensamentos inquietantes. Eu gosto de ser mimada e saber que com Wagner vou ter essa oportunidade me faz crer que isso não durará ou alguma coisa de ruim vai acontecer mas vou definir ser mimada: Ser tratada bem, ser elogiada, viver juntos de forma saudável...

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⏰ Última atualização: Sep 18 ⏰

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Te Conheci || Wagner MouraOnde histórias criam vida. Descubra agora