Corria pelos corredores de forma rápida e frenética, o coração palpitava, errando batidas a cada lufada de ar que seus pulmões lutavam para conseguir funcionar, seus ossos doíam lentamente se cansando. Ela lutava para segurar as lágrimas que tentavam escapar sorrateiramente de seus olhos. Não podia imaginar, sua mente se negava a acreditar naquilo, ouvia seu nome sendo chamado mas se negava a parar de correr. Nada naquilo era real, não poderia ser, era impossível.
Mortos não revivem.
Ela sabia disso melhor que ninguém, sabia que podia contatar os mortos, mas não o revivê-los. Se negava a voltar aquela lembrança, se negava a pensar nele, se negava a reviver aquele dia. De novo não.
Não
Não
Não
Não
Não
NãoNão poderia estar acontecendo, virou numa esquina, se jogando na parede de forma brusca, derrubando latas de lixos, assustando algumas pessoas que passavam, se sentou no chão, com a respiração ofegante, tentando puxar o máximo de ar possível, seu corpo doía, suada com alguns fios de cabelos colados em sua testa. Deixou o cansaço a vencer.
Lentamente.
Sentia seu coração apertar, seu corpo dava fortes indícios de choros, mas ela se recusava, não iria permitir ser vulnerável novamente.
Nunca mais.
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O vazio
Short StoryUma garota, com um passado turbulento se vê novamente em uma situação de perigo, obrigada a fugir de seu passado mais uma vez, ela se esconde, sem saber o que lhe esperava.