0.2 - Você terá essa chance, Harley. Vou garantir isso!

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O amanhecer em Gotham trouxe um momento raro de calma após os acontecimentos do dia anterior. No entanto, para Harley, a luta interna estava longe de terminar. Hal, agora ciente da gravidade da situação, sabia que precisava agir com cautela. O anel vermelho não era apenas uma arma; era um catalisador de raiva e dor, alimentando-se das emoções mais sombrias de seu portador.

Harley era uma boa pessoa, uma pessoa que foi manipulada e recriada para ser uma servente de Coringa, ela era louca como ele, por isso o palhaço se referia a ex-psiquiatra como "minha criação divina". Agora, Harley não era só louca, ela tinha sede de vingança, ela queria fazer aquele maldito palhaço pagar por cada mancha deixada em sua pele.

Hal levou Harley para um local seguro, um antigo armazém desativado nos arredores de Gotham, longe dos olhares curiosos e das câmeras da mídia. Enquanto Harley se sentava, exausta e visivelmente perturbada, Hal se aproximou, mantendo uma distância respeitosa. Ele sabia que, mesmo sem o anel vermelho estar ativo no momento, a influência dele ainda estava presente, uma sombra persistente sobre a mente de Harley.

"Harley, eu sei que você está lutando contra isso," Hal começou, sua voz baixa e calma. "O anel é poderoso, mas você ainda tem controle. Precisamos encontrar uma maneira de remover o anel sem causar mais danos."

Harley olhou para ele, seus olhos azuis carregados de desconfiança e cansaço. "Você fala como se fosse fácil, lanterna. Como se eu pudesse simplesmente... desligar isso." Ela gesticulou para o anel, que agora estava em sua forma inativa, mas ainda presente em seu dedo. "Este anel, ele... é como uma voz dentro da minha cabeça, me dizendo para ceder, para deixar a raiva me consumir."

Hal assentiu, "Os anéis vermelhos se alimentam de raiva e ódio. Eles exploram as feridas mais profundas de uma pessoa, amplificando esses sentimentos. Mas você pode lutar contra isso, Harley. Você é mais forte do que pensa."

Harley riu, um som amargo que ecoou pelo armazém. "Forte? Eu? A 'namorada do Coringa', a piada trágica de Gotham? Não sei se você notou, verdinho, mas ser forte nunca foi meu forte." Ela esfregou o anel, como se tentasse se livrar dele. "Eu só queria... queria que tudo isso parasse. A dor, a raiva. Estou cansada de ser a vilã da minha própria história."

Hal se aproximou, ajoelhando-se para ficar ao nível dela. "Você não precisa ser, Harley. Ninguém está destinado a ser uma coisa só. Você tem o poder de mudar, de escolher quem você quer ser. Eu vi isso em você ontem à noite. Você escolheu não ceder completamente ao anel, e isso já é um grande passo."

Harley o encarou. "E o que eu faço agora? Eu não sou uma heroína. Nunca fui. E você? Você acha que pode simplesmente... confiar em mim?"

Hal sorriu, um sorriso genuíno que refletia sua confiança em sua missão e em Harley. "Não é sobre confiar cegamente, Harley. É sobre dar uma chance para você mesma. Vamos trabalhar juntos para tirar esse anel. Vou entrar em contato com a Tropa dos Lanternas Verdes para ver se podemos remover o anel sem prejudicar você... eh, me chame de Hal."

"Hal... prefiro verdinho, ou todos os apelidos derivados de 'verde'" Sorriu Harley.

Enquanto Hal se levantava, ele sentiu uma presença familiar. Uma luz vermelha brilhou na entrada do armazém, e uma figura alta e imponente se revelou: Vermelho Carmesim, o ex-Lanterna Verde agora aliado dos Lanternas Vermelhos. Ele tinha um sorriso malicioso no rosto, seus olhos brilhando com uma mistura de raiva e diversão.

"Então, Hal Jordan, o grande Lanterna Verde, tentando salvar uma alma perdida, hein?" Vermelho Carmesim zombou, cruzando os braços. "Você deveria saber que uma vez que alguém coloca um anel vermelho, não há volta. A raiva é um veneno que consome tudo, e Harley Quinn está prestes a descobrir isso."

Hal se posicionou defensivamente, preparando-se para o confronto. "Ela ainda tem uma escolha, Vermelho Carmesim. E eu vou garantir que ela tenha a chance de fazer essa escolha livremente."

Vermelho Carmesim riu, sua voz ecoando pelas paredes do armazém. "Você é tão ingênuo, Hal. Acha que pode salvar todos, mesmo aqueles que não querem ser salvos. Mas vá em frente, tente. Vai ser divertido ver você falhar."

Harley, ainda sentada, olhou para Vermelho Carmesim com uma mistura de medo e determinação. "Ele não sabe nada sobre mim, Hal. Eu... eu quero tirar isso. Eu quero ter uma chance de ser... eu mesma."

Hal assentiu, seus olhos nunca deixando Vermelho Carmesim. "E você terá essa chance, Harley. Vou garantir isso."


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⏰ Última atualização: Aug 02 ⏰

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