❌MONSTER ROMANCE ❌
Giulietta Caccino cresceu num lar extremamente religioso, onde tinha que seguir as regras a risca. Sem contato com as coisas mundanas, para não corrompe-la. Desde que nasceu teve como propósito em sua vida ser freira. E sua mãe se...
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10 anos atrás 2015 - Verona, Itália
Ao cair da noite começou chover, uma forte chuva com relâmpagos. Todos dormiam, mas eu estava acordada. Será que Perseus estava na varanda com essa chuva? Levantei da cama com cuidado e fui até a porta saindo por ela. Os relâmpagos refletiam pelo corredor.
Caminhei pelo corredor com cuidado, mas ouvi passos a minha frente e meu coração pulou. Corri de volta para o quarto fechando a porta. Os passos passaram por elas tão discretos e baixos. Me atrevi abri um pouco a fresta e não vi nada, porém um pequeno barulho a minha esquerda me chamou a atenção.
Coloquei um pouco a cabeça para fora, vendo uma das freiras em pé, em uma das portas e outra saia com duas garotas, talvez da minha idade.
— Irmã, para onde estamos indo nesse horário? — uma disse confusa.
— Sem perguntas meninas, apenas venham — uma ordenou e fechou a porta — Não querem ser castigadas por perguntarem demais, querem?
Uma ergueu algo que parecia uma vara de madeira.
— N-não senhora — gaguejou a outra garota.
— Ótima, agora vamos! — a puxaram.
E assim elas começaram a sumir pelo corredor. Mesmo que minha mente dissesse para eu ficar onde estava, minha curiosidade foi maior. Sai daquele quarto e as segui com cuidado, para que não me vissem.
Elas se afastaram bastante da ala dos quartos, indo para o escritório da diretora Smiths. O que estava acontecendo?.
Elas entraram mas não fecharam tão bem a porta, deixando uma fresta amostra. Coloquei meu olho ali, observando que a Sra. Smiths estava presente e o padre Bernardo.
Isso era tão confuso. Eu não estava entendendo nada.
— Aqui estão as meninas que pediu — uma das freiras disse — São saudáveis e já estão na faixa dos treze.
Padre Bernardo encarou as duas, com um olhar tão intenso, eu não sabia indentificar o brilho nos seus olhos.
— Perfeitas — sua voz soou mais grave.
Se aproximou de uma delas passando a mão por seus cabelos e deu um sorriso. Diria que assustador, que fez meus pêlos se arrepiarem.
— Não tenham medo queridas — disse com a voz calma.
— P-padre o que está acontecendo? Sra. Smiths? — uma das garotas perguntou, visivelmente assustada.
— Isso não interessa a vocês, estão aqui por um motivo — Sra. Smiths disse fria — Apaguem elas.
Ordenou e tão de repente, as freiras colocaram panos sobre as bocas das meninas que se debatiam sem parar. Mas foram parando aos poucos. Senti meu coração acelerar e meus olhos arregalarem.