Em um mundo onde vampiros, lobisomens e caçadores de criaturas sobrenaturais coexistem em uma frágil trégua, Damien Bloodworth, um vampiro, vive atormentado por sonhos que sugerem uma origem diferente da que conhece. Criado por sua irmã ambiciosa e...
Nada é o mesmo Há um novo mundo Chamando meu nome Eu não posso escapar disso
Sombras quebram a escuridão E nós sabemos que eles não podem estar muito longe Nosso destino está acenando
This Is The Hunt - Ruelle
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7 MESES ANTES...
O sol começava a se pôr no horizonte, tingindo o céu com um laranja profundo que se misturava com as primeiras sombras da noite. Era o início do outono, e o ar estava fresco, carregando o cheiro de folhas secas e terra úmida. A brisa suave balançava as copas das árvores ao redor, enquanto as folhas caíam lentamente, como se estivessem dançando no vento. O cenário era tranquilo, mas o humor de Kira contrastava fortemente com a serenidade ao seu redor.
Kira estava sentada em uma pedra, com os braços cruzados, olhando para o nada. O peso da rejeição ainda pairava sobre ela. Tudo o que ela queria era fazer parte da guarda real dos Pendragon, tornar-se uma das guerreiras do norte. Era o sonho que ela acalentava desde a infância, mas o destino parecia ter outros planos. Não era a primeira vez que sentia o gosto amargo da rejeição. No topo da montanha Guirsator, que se erguia majestosamente entre a floresta de Erebus, o Castelo Bloodworth e o lado norte do reino de Eldryn, ali, mais uma vez, suas esperanças tinham sido despedaçadas.
Gaspar, percebendo o abatimento da amiga, teve uma ideia para tentar levantar o ânimo dela. Ele sabia o quanto aquela rejeição a havia machucado, mas também sabia que Kira não era do tipo que ficava abatida por muito tempo. Ela precisava de algo para tirar a mente daquilo.
— Que tal acamparmos aqui esta noite? — sugeriu Gaspar, sua voz suave, mas cheia de energia. Ele estava tentando transmitir um pouco de otimismo, mesmo sabendo que Kira provavelmente não estaria no clima.
Kira levantou o olhar para ele, surpresa com a proposta.
— Acampar? — repetiu, sem muita convicção. — Aqui?
