Prólogo 1

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Roberto Nascimento

Minha mulher, agora ex, depois de muito tempo vivendo um casamento onde não existia mais companheirismo, amor, confiança e amizade, onde eu só existia na minha vida para o trabalho e para a sociedade, resolveu pedir o divórcio e me deixar de vez. Eu não estava sendo um bom marido, nem um bom pai. Na bem da verdade eu não estava sendo um bom nada em casa.
Meu casamento de 30 anos foi pro ralo, e a única coisa que eu não poderia perder é o meu filho e a fé que ele ainda tem em mim.

Sou Roberto Nascimento tenho 45 anos e atuo como Capitão do BOPE - Batalhão de Operações Especiais. Tenho o Rafael de 18 anos, meu filho, e atualmente me encontro divorciado tentando seguir a vida me preocupando só com o trabalho.

E eu até que estava tentando só pensar em trabalho, só que ela apareceu na minha visão e, sinceramente? Eu não queria nunca mais que ela saísse.

Mathias perturbou a minha cabeça me chamando para uma tal roda de samba que ia ter no Centro do Rio, falando que eu tinha que espairecer, beber e ver mulher bonita. Bom, mesmo eu não tendo essa intimidade com ele tive que concordar, ia pegar uma folga mesmo e precisava curtir um pouco parar de pensar em trabalho e problema fazia bem.

Quinta-feira, 15:00 p.m

— Pode entrar! — Respondo após ouvir batidas na porta da minha sala.
— Boa tarde capitão, está tudo confirmado pra amanhã? — Me pergunta Mathias, meu soldado que estava quase virando um amigo.
— Tá sim, Mathias! Só preciso que me passe o endereço, vou passar na Rosane pra dar um beijo no Rafa e depois eu te encontro lá.
— Tá ok capitão, te mando o endereço depois. Já estou de saída, até amanhã! Permissão pra sair.
— Sem falta, até amanhã. Permissão concedida.

Eu não vou negar que estava ansioso, fazia muito tempo que eu não saia pra beber e me distrair solteiro. Posso ter todos os defeitos do mundo, mas eu tenho palavra e digo pra vocês que mesmo frustrado com meu casamento e minha vida eu nunca trai minha esposa e nem estou me gabando por isso, até porque eu acho que é o mínimo.
Estava doido pra beber um pouco e cantar um pagodinho.

Sexta-feira — 21:30 p.m

Eu estava vestindo uma calça jeans escura, uma blusa branca casual e um tênis confortável. Na minha cintura sempre vai estar a minha arma e no meu rosto hoje eu deixei habitar um sorriso, queria só relaxar.

— Eu quero ser exorcizada
Pela água benta desse olhar infindo
Que bom é ser fotografada
Mas pelas retinas desses olhos lindos
Me deixe hipnotizada
Pra acabar de vez com essa disritmia -

Disritmia de Martinho da Vila tocava ao fundo quando eu a vi, a mulher mais linda que eu já imaginei olhar em toda a minha vida. Ela era toda linda, o cabelo, o corpo, a roupa, o sorriso, mas o que mais mexeu comigo, foi o olhar dela que me acompanhou enquanto eu a admirava.

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Oi gente!! Iniciei com esse prólogo pra vocês conhecerem um pouco dos personagens antes da trama se desenvolver, enfim espero que gostem, BEIJOSS ♡!!

ONDE O SAMBA ME LEVAR - SHORT FICOnde histórias criam vida. Descubra agora