2 | Primeiro dia

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"SILÊNCIO, SILÊNCIO! Bom, gostaria de apresentar o novo colega de vocês, e assim como sempre lhes digo, trate o bem..." a severa voz da matrona Eleonora é realmente assustadora percebe o pequeno Hydrus.
Ainda não tinha caído a ficha sobre tudo que aconteceu, -quando foi que as coisas mudaram tão rápido?- se pergunta.
Voltando a ser concentrar novamente ou pelo menos tentando já que o pequeno garoto estava consideravelmente assustado e envergonhado, meio escondido atrás da matrona, enquanto ela falava com todas aquelas crianças a sua frente.

Assim que a matrona o deixou sozinho no corredor, Hydrus já se adiantou em começar a procurar o seu novo e primeiro quarto, "nem acredito que vou ter um quarto Pryor" o pequeno exclama num tom pouca coisa mais alta que um sussurro.
-Aqueles vermes vão pagar pelo que fizeram com você garoto, o próprio destino vai cuidar disso- pensa Pryor se controlando para não estragar a animação do garoto com a sua irritação, saindo de seus devaneios comenta "finalmente um nome sensato criança, Hydrus é bonito realmente, parabéns pela escolha" exclama a serpente enrolada no pequeno tronco dele. "Você gostou mesmo Pryor? Que bom, fiquei com medo de você não gostar. Eu realmente gostei desse nome, não sei lhe dizer o porque, mas realmente me atraiu." exclama com olhos brilhando de alegria pelo seu primeiro amigo ter gostado da sua escolha, "Primeiramente criança esse nome tem um significado, nomes fortes como esse normalmente trazem grandes responsabilidades, você será um grande bruxo tenho certeza, segundo você não tem que sentir medo de fazer uma escolha que te beneficiária e tem as melhores intenções por trás, e terceiro, nos não tínhamos que procurar logo um quarto para você? Vamos, se apresse faz 5 minutos que estamos parados aqui, quero sair desse esconderijo logo!", com isso o pequeno Hydrus realmente pós a se mover, olhando as portas que a matrona havia lhe falado que estavam livres ele logo começou a procurar um bom espaço para ele e Pryor ficarem. Abrindo a primeira porta do pequeno corredor, ele o adentra e observa bem o espaço, -é um ótimo quarto, tudo bem eu ficar com ele né?- o pequeno estava tão imerso em seus pensamentos que nem percebeu que, a antes grande cobra, agora pequena para conseguir passar despercebida entre as roupas do menino havia se soltado de suas roupas e começado a andar pelo cômodo o analisando. O quarto realmente não era grande coisa, porém para o pequeno garoto, que nunca teve sequer uma cama decente era demais de bom tamanho já, assim que entrava, eles davam de frente para uma pequena e desgastada mesa de estudos, na parte direita do quarto havia uma cama, com um travesseiro, lençóis, e cobertores dobrados, parecia um pouco enferrujada nos pés, não que ele ligasse e no lado esquerdo havia um pequeno guarda roupa certamente velho, mas bem conservado pelo que Hydrus conseguiu ver. "Hydrus? Ei! Nunca vi uma pessoa que se distrai tão facilmente quanto você menino. Vamos, me diga, o que achou?" pergunta a cobra cansada e com fome, ele não via a hora de sair para caçar pelos bosques, porém o menino não estava ajudando com sua demora. "Ahn? Como você saiu tão rápido? Nem percebi!" Hydrus exclama realmente confuso, "Acho que que vou ficar com esse mesmo Pryor, já está de bom tamanho pra mim!", "não é melhor dar uma olhada nos outros também Hydrus? Olha quantas opções, e pare de achar que o mínimo está ótimo, cadê sua ambição garoto? Merlin viu!" Exclama voltando a se enrolar no pequeno tronco do garoto. "tá bem, vou dar uma olhada nos outros também!" murmura estremessendo por estar sendo tão idiota, Pryor estava certo, nem o pequeno entendia por que estava agindo assim, pelo que Pryor conversava com ele, tudo o que seus parentes lhe falaram eram mentiras, então quer dizer que Hydrus não era tão ruim igual achava que fosse. Ele merecia ser feliz e ter coisas boas certo?
Com esse pensamento ele se colocou a olhar os outros quartos do corredor, no total eram 5 quartos, dois do lado direito, dois do esquerdo e um no final. Depois de ter olhado todos os outros cômodos das laterais, ele se pós a caminhar para o comodo do final do corredor, olhando finalmente para a porta a sua frente, Hydrus realmente não sabia a razão, mas antes mesmo de entrar no estranho ambiente já havia tomado a decisão, aquele seria seu quarto. Saindo de seus pensamentos e percebendo a inquietação de Pryor ele colocou sua pequena mão na maçaneta da porta e à abriu, o quarto em geral não era diferente dos outros, muito pelo contrário Hydrus reparou, era tão simples quanto os outros, não que ele estivesse reclamando claro, neste quarto, a luz da janela ilumina o chão de tábuas já gastas, ar é úmido e carregado com o cheiro de madeira envelhecida, a pequena cama de solteiro está coberta por um lençol desbotado e uma manta dobrada em cima da cama, o guarda-roupa de madeira, sendo exatamente como dos outros quartos, a mesa que fica em baixo da janela está vazia, entrando mais no ambiente, ele reparou que a única coisa que o diferenciava dos outros era uma pequena escada móvel embutida no teto do quarto, o que seria aquilo? Um sótão? Provavelmente!
Pryor escorregando para fora das vestes do menino pergunta com certa ansiedade "E então Hydrus? Já escolheu seu novo quarto? Já olhamos todos, você já deve ter um preferido", "gostei desse Pryor, de verdade, de novo aquela mesma sensação da hora que tive que escolher meu nome veio e, esse parece tão certo, não me imagino nos outros mesmo com as semelhanças entre eles, sem contar que esse tem sim algo diferente, olhe aquela escada, deve ter um sótão aqui em cima!" Afirmou Hydrus, "Então o quarto ja foi escolhido certo criança? Venha cá e deixe eu lhe contar uma coisa" Pryor sendo complacente e paciente, se move em direção a cama do quarto e o chama com a cabeça, pelo menos é o que Hydrus pensa, pois certamente é complicado analisar o comportamento corporal de uma cobra, enquanto o pequeno Hydrus se movia para o seu lado, Pryor analisava a situação - preciso dar um jeito de o levar a Gringotts o mais rápido possível - pensa enquanto observa o garoto se movendo para o seu lado, "Lembra do que eu lhe falei Hydrus? Sobre o mundo em que você pertence?", "Lembro Pryor, mas ainda não faz sentido..." a voz do menino ecoa no pequeno quarto numa língua em que nem o garoto percebia que profreria naquele momento. "Existe criança dois mundos, não um como você foi ensinado pelos seus tios. Você confia em mim criança?" Exclama Pryor o encarando esperançoso.
O pequeno Hydrus desde sempre bem inteligente, analisa a situação, desde que encontrou Pryor, ele sempre foi bem amigável com ele, nunca chegou a o tratar como seus tios o tratavam, muito pelo contrário, sempre foi bem cuidado e decente com pequeno Hydrus, e apesar das coisas estranhas que cercavam a enorme serpente Hydrus realmente achava que podia contar com Pryor.
"Confio Pryor, você foi o primeiro que me tratou com bondade" murmura o garoto.
"Então você vai me escutar bem criança. Nesse outro mundo existe seres diferentes do que você conhece. Você por exemplo, é um ser diferente de todos os humanos que você conhece. Você é um bruxo criança" revela ele agora enorme, já em seu tamanho real a Mamba Negra.
A pequena criança o olha com olhos arregalados e sua boca se franze em confusão. "Não sei não em Pryor, você tem certeza? Eu sou só Hydrus, não tenho nada de interessante e diferente...", "é verdade Hydrus, eu mesmo já testemunhei você fazendo magia, ou vai me dizer que não lembra de quando caiu na floresta e torceu o seu tornozelo, o que foi realmente horrível, mas como você mesmo havia me falado na hora, "não tem que se preocupar Pryor, já já volta ao normal, eu me curo bem rápido" e misteriosamente o seu tornozelo estava novo e sem nenhum machucado. Isso criança, não é algo normal, foi sua magia tentando sempre o deixar protegido, o curando e tenho certeza pelo pouco que convivemos, que coisas desse gênero não são novidades certo Hydrus?" indaga Pryor determinado.
Pelos próximos minutos Pryor explicava o básico do mundo mágico para Hydrus, cerca de 1 hora e meia depois de muita confusão da parte de Hydrus e grande paciência da de Pryor as coisas finalmente foram mais esclarecidas, bom pelo menos em parte.
Hydrus entendeu sobre a questão dele ser um humano com magia, bom, em outras palavras, um bruxo... pelo menos é o que Pryor lhe falou. Ele realmente queria ver o tal mundo mágico com os seus olhos, então assim que desse ele iria para Londres, lugar onde Pryor lhe falou haver uma entrada. Ele só não sabia como, porém ele acreditava em Pryor.

Depois da apresentação de Hydrus a outras crianças, ele se afastou em um canto das mesas ali presente no salão principal. Depois de comer até ficar satisfeito, coisa que mesmo depois de dias sem comer, ainda não era grande coisa, sinal dos abusos que passou na mão dos tios. Pensou em guardar um pequena porção de comida para Pryor, porém Hydrus duvidava muito que ele gostaria de comer sopa de feijão com pedaços de batata, mesmo estando ótima para o gosto do menino, ele acreditava que isso não seria apetitoso para uma serpente, sem contar que aparentemente a enorme cobra iria sair hoje durante a noite para explorar a grande floresta que havia em torno do orfanato Wool.

 Pensou em guardar um pequena porção de comida para Pryor, porém Hydrus duvidava muito que ele gostaria de comer sopa de feijão com pedaços de batata, mesmo estando ótima para o gosto do menino, ele acreditava que isso não seria apetitoso para uma...

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Desculpem a demora para atualizar, tô com um bloqueio criativo horrível...
Vou tentar postar com mais frequência, só não prometo que saíram muitos por semana 🫠

Desculpem o capítulo pequeno viu, prometo tentar sempre fazer maiores.

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⏰ Última atualização: Aug 05 ⏰

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