(SNV)O encontro

Capítulo 3: conhecendo-os parte 2

Enquanto isso em outra dimensão

Perspectiva: Jack

Nós ainda estávamos apreensivos em relação aos outros dois que até aquele momento nos era desconhecidos, uma situação alarmante para dizer o mínimo, uma situação que até o mínimo passo em falso poderá condenar-nos ao nosso fim, se a algo que aprendi nesse mundo é o fato de humanos serem de grande perversidade, são poucos os de confiança e se arriscar a se expor a um possível inimigo era arriscado de mais, mesmo se não estarmos atrás deles isso não impediu dos outros virem atrás de nós, essa possibilidade de comprovou ao som do bater da porta e uma voz apareceu logo em seguida.

Hércules: com licença, posso fazer uma pergunta a vocês dois?

O improvável da sua ação me fez me questionar se realmente seria realmente perigoso da forma como pensei, "por que o inimigo não entra no quarto?" Penso eu, se o suposto inimigo não está tentando nos atacar é sinal que ele possa ser confiável?, mas devido a falta de perigo eminente na sua pergunta eu respondo a voz por trás da porta.

Jack: isso não seria de todo incomodo

Após alguns segundos de silêncio a voz do homem ressoou uma segunda vez.

Hércules: vocês não querem sair um pouco do quarto e aproveitar o dia?

Simo: não obrigado, iremos aproveitar o dia aqui dentro mesmo

Simo fala por mim, recusando o convite de se retirar do quarto pois por mais que ele aparenta não ter uma má intenção ainda não deveríamos sair tão facilmente, pensei que nosso diálogo com ele iria acabar mais ouvi sua voz uma última vez.

Hércules: se caso eu e meu "irmão" for o problema, saiba que não precisam se esconder... Até

Ele fala isso colocando um papel por de baixo da porta, aparentemente era uma planta da casa que estava dividida ao meio, uma parte estava escrito os nomes "Apollo e Hércules" e o outro dois pontos de interrogações, nossa parte tinha esse quarto e outros 2 quartos, o banheiro e aparentemente no final da casa tinha uma sala com um jardim de inverno, nossa divisão da casa realmente era justa e aos poucos ouvia os passos se afastando do quarto.

Ele aparentemente foi para a parte deles, foi um ato gentil para conosco e isso só me faz pensar em que cor ele estava conversando com nós, calma talvez? Era difícil para mim me acostumar não estar vendo a cor dos outros já que passei minha vida inteira e uma parte do meu pos vida com essa benção.

Simo: eu me pergunto como nossos irmãos estão...

Magicamente a nossa frente surgiu uma carta que eu já suspeitava de quem era e como esperado, acertei

"Queridinhos do meu ser, ouvi a conversa de vocês e para vocês não se preocuparem eu posso contar um pouco do que está acontecendo, Lü Bu está bem, fez amizade com um guerreiro nórdico após lutarem, Sasaki e Nikola estão conversando entre si sobre um ocorrido que aconteceu com o Sasaki, Qin está conversando nesse momento com um rei grego e os dois estão se dando bem.
Da mais querida: Aster"

Com essa carta em mãos comecei a pensar sobre qual seria o padrão dos grupos, tirando Simo e eu tem mais dois, Lü Bu aparentemente está com só uma pessoa sendo uma dupla, agora Nikola, Sasaki e o Qin estão com mais uma pessoa, 4, 2, 4... Mas e se for na verdade outro tipo de padrão, combinação de personas talvez?... No grupo com o Qin tem um outro rei e Lü Bu conheceu um guerreiro assim como ele, se essa for a lógica então para Simo seria outro atirador, para mim um assassino, Sasaki teria um espadachim e Nikola um cientista ou um gênio como ele, combinar pessoas parecidas com nosco, afinal, o que a senhora Aster quer de nós para até parar o torneio?

Infelizmente isso me trazia mais perguntas do que respostas, no bilhete não mostrava nada que pudesse revelar a intenção dele com todo esse jogo, mas é correto afirmar que ela quis juntar grupos com pessoas parecidas por motivos desconhecidos, nem mesmo consultando minhas memórias eu conseguia perceber algo que ajudasse a descobrir isso, antes de sermos teleportados para lugares diferentes estávamos em um lugar onde só tinha luz em uma direção que aparecia as escritas dela, "suas armas, maldições ou algo do gênero não serão levadas a esse mundo" foi o que ela mencionara a algum tempo, se ela retirou nossas habilidades é porque não deveríamos lutar, então de certa forma, não tem porquê esconder dos desconhecidos.

Notando isso decido contar a Simo o possível padrão que descobri.

Jack: senhor Simo, eu quero dividir um pensamento com você e espero que você seja honesto comigo

Simo: Pode falar, sobre o que é o assunto?

Jack: eu pensei sobre a nossa divisão, notei que a Aster talvez tenha nos juntado com pessoas parecidas com nós

Ao falar nisso Simo aparentemente entendeu o que eu queria dizer e ele continuou

Simo: isso faz sentido, me pergunto até onde isso irá

A sala depois disso se tornou um silêncio, não éramos tão comunicativos como o Qin então normalmente nossas conversas terminavam rápido, sem nada para fazer eu peguei um papel e uma caneta e fui indo a sala da nossa parte, tinha uma pequena prateleira nela com alguns livros e dentre eles eu avistei um livro de Shakespeare, o livro era o "Hamlet" uma tragédia bem conhecida, já tinha me familiarizado com esse livro e o peguei para reler a trama que foi um dos primeiros livros que eu li e que tinha um espaço no meu coração, conforme lia aquele livro mais eu me sentia em nostalgia, era uma sensação reconfortante e extremamente agradável de se ter, claro que eu não teria a mesma sensação quando o li pela primeira vez mas de alguma forma eu nunca me cansava dos livros de Shakespeare. Folgando as páginas eu encontrei um papel entre a página 67 e 68, curioso abri o papel e nele estava escrito "Para meu filho querido, acredito que te devo apresentar a obra que me prendeu por tanto tempo, espero que você goste do meu presente.
De seu pai".

Após ler o papel eu notei que a letra escrita pelo pai desse livro era idêntica a minha, isso me deixou confuso, eu não tenho filho então por que eu teria escrito isso? De onde é esse livro e por que escrevi isso?
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Continua...