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Capítulo 1: O Dr. Min Yoongi

quis muito escrever uma história bobinha

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Min Yoongi era um homem de sucesso, bem sucedido era pouco para descrevê-lo. Aos 31 anos, já tinha alcançado o posto de diretor-chefe do renomado Hospital Min, uma instituição de prestígio fundada por seu avô e consolidada por seu pai. Ele havia seguido fielmente os passos de sua família, dedicando-se com afinco aos estudos e à carreira. A medicina era mais que uma profissão para ele; era uma vocação, um legado a ser mantido.

Desde jovem, Yoongi mostrava uma disciplina rara. Enquanto seus colegas desfrutavam da juventude com festas e viagens, ele passava horas a fio com a cara enfiada nos livros, estudando cada detalhe do corpo humano. Essa dedicação lhe rendeu o título de melhor aluno do ranking todos os anos, posteriormente, um reconhecimento precoce em sua carreira como cardiologista. Agora, à frente do hospital, o homem enfrentava os desafios diários com a mesma seriedade e precisão com que realizava uma cirurgia complexa.

A sua rotina começava cedo, às seis da manhã já estava de pé, pronto para sua corrida matinal. Ele acreditava que um corpo saudável era fundamental para manter a mente afiada. Após a corrida, um café da manhã rápido e nutritivo preparado por sua fiel governanta, a Sra. Sun. A casa de Yoongi, um duplex luxuoso no coração de um bairro nobre em Seul, refletia sua personalidade: limpa, organizada e sem excessos.

Igualmente era seu consultório. No hospital, Yoongi era respeitado e temido em igual medida. Seus colegas o admiravam pela competência e dedicação, mas também sabiam que ele não tolerava erros. Para ele, a vida dos pacientes estava em jogo, e não havia margem para falhas. Cada decisão era tomada com base em evidências científicas e análises meticulosas.

Mas essa dedicação ao trabalho tinha um certo preço a pagar. Yoongi nunca teve muito tempo ou interesse para relacionamentos. Na adolescência, ele sempre teve a cabeça nos estudos, nem mesmo saindo para brincar, e depois de se formar e virar o diretor-chefe as noites eram solitárias, passadas em sua maioria cuidando da administração do hospital, revisando casos clínicos ou atualizando-se com as últimas pesquisas médicas. Para ele, o amor e os relacionamentos eram distrações que podia viver sem. Essa postura preocupava especialmente os membros mais idosos da família Min, que viam nele o futuro do legado familiar.

Em cada reunião familiar, as perguntas eram as mesmas: "quando vai nos apresentar alguém especial?" ou "já está na hora de formar uma família, não acha?". Yoongi sempre respondia com um sorriso educado, mas internamente, sentia-se incomodado com a pressão pelo casamento. Ele nunca tinha pensado na ideia muito a fundo. Sendo sincero, foram raras as vezes que ele se permitiu desfrutar do prazer mundano desse tipo de relação. Não que ele fosse contra a ideia de ter uma família; apenas não encontrava espaço para isso em sua vida rigorosamente planejada. O pensamento de abrir mão de suas noites tranquilas e de sua rotina impecável por alguém que ele ainda nem conhecia parecia um grande absurdo.

Mesmo assim, essas questões familiares plantavam pequenas sementes de dúvida na mente de Yoongi. Seria ele capaz de encontrar um equilíbrio entre a vida profissional e pessoal? Ele era tão feliz sozinho como pensava? Haveria alguém que pudesse entender e aceitar seu compromisso inabalável, e até um pouco compulsivo, com a medicina?

Essas reflexões, no entanto, eram rapidamente afastadas pela correria do dia a dia. O cardiologista mergulhava de cabeça nos casos do hospital, cuidando de pacientes e liderando sua equipe com uma precisão cirúrgica que acabava se esquecendo-se dessas bobagens. Ele acreditava que, enquanto estivesse salvando vidas, não havia tempo a perder com questões triviais do coração. Mas a vida, com suas ironias e reviravoltas, estava prestes a mostrar a Yoongi que nem tudo pode ser controlado e milimetricamente planejado. E que, às vezes, as mudanças mais significativas surgem dos encontros mais inesperados.