Luzes De Desejo(Kakucho x izana)

Capitulo 16- Lembrando

Anos atrás

Um espadachin estava andando perto de um Lago, até que ele avistou uma pessoa dançando ao longe, uma pessoa bastante...bonita e elegante, vestia roupas da realeza

Era uma dança com espadas da qual a pessoa aparentava ser professional, o homem se aproximou mais um pouco e acabou fazendo barulho assustando quem estava fazendo a dança

— Quem está aí — a pessoa disse, tinha o rosto coberto por um pano branco meio transparente — apareça

O homem logo saiu de onde estava escondido

— Peço perdão, não quis a interromper — ele disse e logo a outra pessoa olhou pra ele e apenas guardou suas espadas em uma bolsa — você pode continuar se quiser

— Prefiro não ser observado — a pessoa disse e logo olhou pro homem que estava a olhando

— Não foi minha intenção — ele disse e a pessoa saiu correndo logo sumindo da vista dele

Todos os dias após o acontecido, o homem ia pro Lago e via a bela dança que a pessoa fazia, com o passar do tempo, ela passou a não se importar com a presença dele, o espadachin não havia visto o rosto da pessoa do qual não gostava de mostrar

— Sabe, por quê não mostra teu rosto? — o homem perguntou e a pessoa logo ficou tensa

— Você não entenderia, e também...eu sou horrível e você pode não querer mais vir aqui, não que eu me importo...— a pessoa disse e o espadachin ficou ainda mais curioso

— Eu não faria isso, mas tudo bem se não quiser me mostra — ele disse desanimado mas totalmente compreensível

— Se eu te mostrar, promete que não irá me abandonar? — a pessoa disse um pouco nervosa

— Eu prometo — ele disse e logo a pessoa tirou o véu que cobria seu rosto

Era uma aparência totalmente feia, a pele podre, os dentes, os olhos, o nariz, tudo era podre, parecendo um demônio, o homem apenas ficou olhando sem dizer nada, estava um pouco surpreso e o outro apenas se cobriu de novo

— É...pode ir embora se quiser, com licença — o demonio disse e logo se levantou para ir embora mas o espadachin apenas segurou a mão dele

— Você...é casado por acaso? — o espadachin perguntou

— Quem iria querer se casar comigo

— Então...eu poderia? — ele disse enquanto tocava no rosto dele

Após o consentimento do demônio, o espadachin o beijou, depois desse dia, eles passaram a serem mais...íntimos, se casaram, mas claro, sem ninguém da vila saber obviamente, e acabou que...o espadachin engravidou o incubus, mas isso acabava deixando algumas pessoas da vila curiosas em saber quem era a pessoa que morava na casa dele já que o espadachin nunca tinha falado de nenhuma mulher ou esposa

Enquanto ele andava para comprar algumas coisas, ele acabou parando na barraca de uma senhora que vendia frutas

— Cada um custa...— ela olhou bem pra ele e logo sorriu — ah, pode levar de graça rapaz

— mesmo? Obrigado — ele disse e logo a senhora entregou uma cesta com várias frutas

— espero que seja de bom grado de seu esposo — ela disse quando o espadachin já havia se afastado, o mesmo ao escutar aquilo se virou rapidamente mas não viu mais a senhora

Ele voltou para casa pensando no que havia acontecido mas parou assim que entrou em casa vendo algumas pessoas com tochas na frente dela

Acontece que as pessoas da vila acabaram descobrindo que o espadachin era casado com um homem e ainda por cima um demônio, e com isso elas queriam queimar ele que estava grávido a algumas semanas mas sua barriga já estava amostra

O espadachin acabou que teve que matar as pessoas que estavam ali na porta de sua casa tentando invadir para matar seu esposo e seu filho que ainda estava na barriga, ajeitou as suas coisas e se mudou para outra vila junto dele

Mas durante o caminho, ele acabou dando a luz com a ajuda do seu marido que sabia um pouco sobre parto por sua mãe ser uma enfermeira

Quando chegaram em outra vila, foram tratados muito bem já que era uma vila de pessoas que foram humilhadas ou quase mortas pela sua própria vila

Eles ficaram em uma casa do qual o povo da vila havia feito para eles morarem,  era bastante aconchegante e confortável

Mas nem tudo são flores, depois de alguns dias após o nascimento do bebê, ele havia ficado com muita febre e estava ficando fraco, o espadachin tentou de todas as formas tentar curar o bebê com alguns remédios que havia na vila, já sem esperanças ele acabou ficando com medo do bebê morrer

Ele estava em casa vendo alguns livros de receitas para remédios caseiros, seu esposo estava andando de um lado pro outro segurando o bebê que não parava de chorar, uma senhora que era moradora da vila também estava lá tentando ajudar o casal, o incubus assoprava o rosto do filho que estava quente

O espadachin enquanto cortava algumas plantas medicinais para fazer o remédio acabou que cortou um pouco seu dedo em um momento de distração, o sangue começou a escorrer do dedo dele e ele logo foi limpar com a água mas todos perceberam uma coisa

O bebê havia parado de chorar no mesmo instante

— Oh, talvez seja o sangue! — a senhora disse fazendo o casal logo tentar fazer oque vinha a mente

Ele apenas derramou um pouco do sangue dele na boca do bebê, este que quase que imediato estava parando a febre

Foi aí que descobriram, o bebê se curava apenas com sangue e específico tendo que ser do pai

Alguns anos depois, o espadachin escreveu dois livros, um sobre incubus, e outro sobre os bebês Demônios

Mas...eles acabaram sendo amaldiçoados pela ira de Deus que os puniu por desobedecerem as regras, o espadachin acabou morrendo com 54 anos por uma doença incuravel, o seu filho foi poupado mas virou um humano completo com o tempo, já o incubus...foi levado de volta pro inferno sendo mantido em um local sozinho, sendo atormentado pelos seus irmãos, ele também havia perdido a memória depois da morte do espadachin

Voltando ao tempo atual

Izana logo tirou a mão da mulher do seu rosto, ele estava chorando, finalmente se lembrou do que havia acontecido

— Sua...

— Poupe-me os xingamentos, você escolheu isso, aliás, vocês — ela disse sorrindo

— Por que não deixa ninguém ser feliz?

— Eu deixo, é claro, mas sabe como é...eu gosto de me divertir um pouco

— Como eu faço pra não acontecer a mesma coisa

— Eu sabia que iria perguntar isso, hmmm vamos ver

Ela logo deu um sorriso ainda mais assustador

— Faça ele não te amar, quem sabe isso funcione