Gangues de Nova York

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Igual todas as manhãs, meu celular me acorda e eu me arrumo para ir para a escola, terminando de me arrumar penso que talvez fosse necessário comprar mais algumas roupas e acessórios, saio do meu quarto e vejo Jin saindo do quarto dele vindo na minha direção sorrindo. Era incrível como o Jin podia ficar bonito até mesmo usando aquele uniforme horrível e com algumas marcas da briga de ontem no rosto.

- Vamos baixinha.

Descemos as escadas e nosso pai estava parado na frente da porta nos encarando, lembrei dos gritos dele ontem então não o encarei e abaixei para colocar meus sapatos, essa mania de não poder usar sapatos dentro de casa só dificultavam a vida, como se nesse país as coisas pudessem ser ainda mais difíceis.

- Depois da aula eu quero vocês dois de volta em casa. - meu pai falou e nós apenas o ignoramos, eu não tinha combinado nada com o Jin, porém, acho ele tinha sentimentos semelhantes aos meus em relação ao nosso pai - Vocês estão me ouvindo?

- Sim. - Jin o encarou.

- Acho bom, se não voltarem terão consequências.

- Que tipo de consequências? - Perguntou Jin, eu olhei e ele estava com o rosto sério.

- Está me testando? - Meu pai também o encarava sério, parecia que os dois mediam suas forças pelo olhar.

- Só quero entender, quais serão essas consequências?

- Filho, não me teste, você não sabe do que eu sou capaz.

- Isso é uma ameaça? - perguntei inconformada.

‐ Não é uma ameaça filha. É apenas uma informação útil na vida de vocês.

- Vamos S/N - Jin me empurrou em direção a porta, assim que saímos vimos que nossa avó estava chegando, sorri para ela, nesse momento percebi que o Jin parou de me seguir e eu virei para ver o motivo, ele virou para encarar meu pai. - Sabe, eu vou dar uma informação útil para você também, não nos subestime, afinal você não nos conhece, não somos mais as crianças que você abandonou a oito anos atrás. Lembre-se disso. - Jin sorriu e eu vi o rosto perplexo do meu pai, ele virou, viu nossa avó e sorriu para ela. - Bom dia vó.

- Bom dia querido - Minha avó respondeu preocupada. - Tenham um bom dia na escola.

- Obrigada. - agradeci e saímos em direção a escola. - O que foi aquilo com o nosso pai?

- Sei lá, só não gosto da forma que ele age com a gente, ele parece estar sempre irritado.

- A briga de ontem não ajudou muito também né.

- Eu sei, eu não gosto de brigar, porém, foi necessário

- Por causa dos seus motivos? - Olhei para ele desconfiada.

- Sim, por causa dos meus motivos, e não pergunte.

- Eu já sei quais foram, aquele garoto falou algo grosseiro sobre mim. - o encarei e sorri.

- Como sabe? - ele me olhou surpresa - Não me diga que foi o biscoito da sua janela?

- Uhum, ele falou que o irmão dele contou para ele, quem é o irmão dele? Você conhece?

- Parece que é o garoto que vive dormindo na aula.

- Qual foi o comentário?

- Não é da sua conta.

- Vai se ferrar, fala logo.

- Digamos que acharam você bonita demais, essas saias não foram feitas para garotas com seu tipo físico.

- O que quer dizer? - Olhei para minha saia enquanto andávamos.

- A maioria das garotas daqui são, são - ele parecia olhar os alunos no geral e ter dificuldade para encontrar uma palavra. - Talvez, secas, sei lá, enfim elas são muito magras.

Destino, Coreia! (BTS)Onde histórias criam vida. Descubra agora