O café já não tinha mais o mesmo gosto, nada mais fazia sentido, a chuva molhava minha pele no meio da estrada vazia, caminhava sem rumo...
Parei na ponte mais próxima e me sentei na beira, olhando diretamente o rio logo abaixo, não sentia medo de cair e a água parecia acolhedora de alguma forma... Eu me inclinava para frente e para trás, fechando os olhos e me joguei...
O corpo pesou, não tinha mais retorno, não sabia nadar e nem queria tentar, me debatia sobre a água fria, sentindo a água entrar pela garganta e aos poucos perdi a consciência...
Quanto tempo havia se passado? Meu corpo estava tão leve agora... Queria entender a luz que havia tão longe de mim, eu estava morta? Me sinto tão cansada...
~Ei,acorde! Sofia!!
Me sentei em um pulo,o suor escorrendo pela testa, o corpo gelado e tremendo levemente, tudo aquilo não passava de um sonho perturbador.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Contos Tristes, Solitários e Aterrorizantes
De Todocada conto uma versão diferente de quem esta ao seu lado