Parte I

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A floresta era seu domínio, onde os galhos das árvores saudavam-na como velhos amigos e as folhas sussurravam segredos de liberdade. Konoha, uma vila medieval de poucas almas e muitos mistérios, era um dos poucos refúgios dos lobos como ela, seres que dançavam na linha tênue entre o humano e o sobrenatural e que quase foram exterminados por causa dos homens.

Correr pela floresta era mais do que paixão; era um retorno às origens, um encontro com a essência mais pura de sua existência. Sakura encontrava naquela corrida uma alegria que não cabia em palavras, uma força que não conhecia limites.

Ainda mais após discutir com os seus pais sobre um casamento arranjado.

— Sakura, você não pode simplesmente ignorar as tradições! — exclamou a mãe, balançando uma colher de pau como se fosse uma varinha mágica.

— Ah, mãe, as tradições não dizem nada sobre ter que ouvir Sasori e seus monólogos sobre a arte dos bonecos. Além disso, não quero me casar com ele. — Sakura retrucou, rolando os olhos dramaticamente.

— Mas ele tem ouro, Sakura! E os bonecos... bem, eles podem ser... interessantes? — argumentou o pai, tentando encontrar um ponto positivo, mas era complicado quando se tratava do Sasori, o filho do chefe da vila com gostos peculiares.

— Interessantes? Pai, o último que ele me mostrou parecia o Voldemort em miniatura. — Sakura disse, fazendo uma careta.

— Querida, o ouro dele pode comprar muitos feitiços para tornar esses bonecos menos... esquisitos. — a mãe tentou convencer, com um sorriso forçado.

— Eu prefiro comprar um feitiço para me tornar surda toda vez que ele começar a falar sobre isso. — murmurou Sakura, pensativa.

— Sakura, você precisa pensar no futuro. — o pai interveio, tentando ser a voz da razão.

— Prefiro ser devorada por um lobo estranho do que viver numa casa cheia de bonecos que me observam dormir. — respondeu ela, com um arrepio.

— Mas e se o lobo for pior que os bonecos? — questionou a mãe, levantando uma sobrancelha.

— Impossível. A menos que o lobo seja um colecionador de bonecos medonhos também. — Sakura disse, com um sorriso sarcástico.

— Bem, talvez possamos encontrar um meio-termo. Que tal o Hidan? — sugeriu o pai, tentando aliviar a tensão.

— Isso soa como o perfil de encontro mais estranho de todos os tempos. — Sakura riu, imaginando a cena.

— Vamos focar no que importa. Liberdade, Sakura. Você pode ser livre e ainda assim encontrar alguém que respeite seus cabelos brancos... metaforicamente falando. — disse o pai, com um sorriso encorajador.

— Cabelos brancos? Pai, eu só tenho 21 anos! — exclamou Sakura, fingindo indignação.

— É uma expressão, querida. Agora vá, antes que sua mãe comece a falar sobre tradições novamente. — o pai disse, piscando para Sakura.

— Eu vou, mas só porque quero evitar outra palestra sobre como 'os bonecos são o futuro'. — Sakura respondeu.

— Só lembre-se de voltar antes da meia-noite. E não vá muito longe de casa.

— Eu sei, mãe. Eu sempre sei. — Sakura disse, fechando a porta atrás de si, pronta para a liberdade que tanto desejava.

Enquanto corria, Sakura ouvia a melodia selvagem que compunha a sinfonia da noite. Sakura amava cada pedra, cada rio, cada pedaço de terra que contava histórias de gerações de lobos.

Em algum momento, Sakura começou a sentir uma forte dor. A noite envolta a loba com seu manto estrelado enquanto ela jazia na grama, a dor consumindo cada fibra de seu ser. Parecia que o seu corpo pegava fogo.

De repente, um farfalhar suave rompeu o silêncio da floresta, e uma voz desconhecida ecoou no ar, carregada de uma autoridade que fez Sakura estremecer.

—Você está sofrendo. — disse a voz, profunda e ressonante, mais sentida do que ouvida.

Sakura tentou se concentrar na direção da voz, mas a dor era uma névoa densa em sua mente.

—Quem... quem está aí? — ela conseguiu sussurrar.

—Você está no cio! —respondeu a voz, e então, da escuridão, emergiu um lobo de tamanho imponente, seus olhos brilhando com uma luz própria.

Sakura olhou para o lobo, sua dor momentaneamente esquecida diante da majestade da criatura.

— O que... que você quer? — perguntou ela, sua voz fraca. Não tinha mais forças enquanto a sua pele queimava e a sua intimidade latejava.

— Eu vou devora-la. — disse o lobo aproximando-se e deitando-se ao lado dela. — Mas preciso da sua permissão.

— Eu estou morrendo — Sakura murmurou, as lágrimas começando a formar-se em seus olhos.

—Isso é normal. É o seu primeiro cio. — o lobo respondeu com firmeza. —Escute-me. Eu posso fazer essa dor passar.

Sakura assentiu, respirando fundo, inebriada com seu cheiro forte.

— Está bem. — ela disse.

Então, o lobo se transformou em sua forma humana, um jovem de vinte anos aparentemente, moreno com os cabelos desalinhados, seu corpo másculo e grande sem nenhuma roupa. Totalmente nu.

Com um olhar penetrante, ele examinou o corpo de Sakura. Seus olhos brilhavam com uma intensidade que denunciava sua natureza feroz. A noite estava silenciosa.

Ele respirou fundo, sentindo o frescor do ar noturno e a leve brisa que acariciava sua pele exposta. O silêncio da noite parecia esperar por suas ações, como se o universo inteiro estivesse prestes a testemunhar o desdobrar de um novo capítulo em sua vida.

— Espero que você esteja preparada, porque você é minha. — um sorriso sombrio surgiu em seus lábios enquanto acariciava o rosto dela, sentindo a suavidade da sua pele, deixando a jovem arrepiada. Sua respiração acelerada e seu corpo tremendo de expectativa em um misto de desejo e necessidade.

Ele passou a mão por baixo da roupa dela, sentindo a textura da pele e o calor que emanava dela. Seus dedos exploraram delicadamente a área ao redor do cio, provocando uma reação imediata da loba, que arfou e se contorceu.

Sakura, dominada pelo desejo, começou a lamber a pele exposta dele, sua língua quente e úmida traçando um caminho de desejo.

Ele se inclinou e começou a explorar o corpo dela com os lábios, seus beijos suaves e exploratórios, traçando uma linha de prazer que a fazia gemer de prazer.

— A noite é perfeita para nós. Vou te mostrar um prazer que você nunca conheceu.

A loba gemeu suavemente, um som que ecoou na floresta e anunciou o início de uma noite cheia de paixão e primitividade.

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