04| the beginning of everything

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Lost,but now I am found
I can see that once I Was blind
I was so confused as a little child
Tried to take what I could get,scared that I Couldn' t
Find
All the answers I need
Lana del rey| Born to die 

Paolla  

México
2019

Todos temos uma rotina, e a minha é sempre discutir com a minha mãe, é como se ela me odiasse, uma mãe odiaria a sua única filha mulher? Eu tenho três irmãos homens, sou a c açula e a única mulher, sempre me perguntei do porquê dessa rejeição da minha mãe, por que ela faz parecer que me odeia? O pior, na frente das pessoas, é como se eu fosse o seu tesouro, mas quando estamos a sós ela mostra quem realmente é. Isso acontece desde a minha infância, lembro de quando ia na casa das minhas amiguinhas e via como a mãe delas as tratavam e eu só me perguntava o porquê minha mãe não era assim, o'que tinha de errado comigo, até que em uma discussão ela soltou que não era para eu ter nascido, eu não era a filha desejada e sim a indesejada, minha mãe já tinha 3 filhos homens, estava feliz e não queria mais engravidar, porém, por um erro ela engravidou novamente e assim eu nasci, Paolla Castelani Moss, depois do meu nascimento minha mãe se recusou a cuidar de mim, minha vó materna me criou e desde pequena nunca tivemos esse vínculo de mãe e filha.

Hoje terá a festa de inauguração do Empório de vinhos, mas uma empresa do Sr Castelani meu pai, com uns italianos e é claro toda família é obrigada a ir, se alguém não for, é bem capaz da minha mãe surtar, ela gosta de manter as boas aparências, em falar nisso aqui está ela no meu quarto reclamando da minha roupa.

— Essa foi a sua escolha de roupa, Paolla? Por Dios quer me fazer surtar? Como eu sei o seu péssimo gosto para roupas, —reviro os olhos. Não é possível que até na minha roupa ela queira mandar.

— Eu trouxe esse vestido, esse sim é ótimo para a ocasião. —Quem vai surtar sou eu com você mandando na minha roupa.

— Mãe, qual é o problema da minha roupa? A única diferença dos vestidos é o glitter, não quero parecer um globo de balada. —Ela revira os olhos e bufa nem tenta esconder a sua frustração.

— Tudo bem, vai como quiser, mas saiba que está péssima para ocasião, tudo bem que quem tem que brilhar sou eu e o seu pai, não é mesmo? —ela diz na frente do espelho, analisando sua roupa, ela realmente está magnífica como sempre.

— Sim, mãe, sim. —digo totalmente impaciente, hoje eu sei que ela vai querer causar.

— Hoje vai estar cheio de rapazes bonitos, vê se você consegue um com dinheiro, já está ficando velha. Paolla tem que casar, ou vai ficar aqui para sempre?—Acho engraçado que só comigo é assim. Ela praticamente implorou para meu irmão ficar morando aqui, mas quem aguenta?

— Acabei de fazer 20 anos, mãe, não pretendo me casar agora, vê se não fica me jogando para cima de ninguém, isso é completamente inconveniente.

—Falando desse jeito, até parece que eu sou desse assim, eu tenho senso Paolla por Dios. — Às vezes não parece. — Sussurro.

— Estamos te esperando lá fora, não demore.

Visto os meus sapatos e pego a minha bolsa, desço as escadas e vejo meu pai, minha mãe e todos os meus irmãos, Andrez e sua esposa e a filha, Guilhermo e sua esposa, e Arturo, que não tem namorada, então eu sou sua acompanhante.

— Uauuu Lolla você tá perfeita. —a mulher de Andrez. Ângela, minha cunhada, diz na maior animação.

— Me sinto "sortudo" por estar solteiro e ter uma irmã que consegue ficar tão bonita do nada para me acompanhar. —Arturo, me diz que não sei se está me humilhando ou me elogiando.

— Mas Ângela, olha só como o vestido está marcando o quadril dela, que inclusive está enorme, está precisando emagrecer, Paolla. —diz a minha mãe para estragar o clima perfeito.

— É, mãe, eu engordei uns quilos mesmo. —Eu já tinha reparado que eu tinha engordado um pouco, mas não estava me incomodando tanto.

— Se continuar assim, daqui a pouco vai ficar igual a um elefante. Por Dios! - ela levanta as mãos aos céus. - Estamos atrasados.

Entramos nos carros, não vejo necessidade de ir em meu carro, vou no carro dos meus pais, já que estamos indo para o mesmo lugar. Arturo também vai conosco. Quando o carro começa a ficar silencioso mamãe começa a falar.

—Devíamos viajar talvez ir pra fazenda? Oque acham? — ela diz de um forma animada.

—Não na fazenda não! — Acabo falando em um tom mais alterado.

—Paolla já se passaram anos está na hora de superar isso! — ela vira olhando nos meus olhos.

—Eu nunca mais piso naquele lugar. —Essa frase soa da minha boca pesada cheia de mágoa.

— Você como sempre complicado tudo, com seus dramas. —Me irrita como minha mãe faz descaso do que aconteceu, eu sei que não é drama meu.

—Helena não podemos viajar estamos inaugurando um negócio tenho que estar presente juntos com os sócios. —O clima fica pesado e meu pai argumenta tentando contornar o assunto.

—Ué Hugo o sócio também vai até porque ...... — ela fala isso oque me deixa curiosa pra saber oque viria depois desse até porque, porém em uma ação rápida.
— Chegamos !! —meu pai diz rápido cortando a minha mãe.

Como está sem trânsito, não demoramos para chegar. Sinto uma dificuldade enorme para descer do carro já que tem muitos jornalistas e paparazzi tirando foto, tudo isso porque somos uma das famílias mais conhecidas, papai conhecido pelos negócios, e mamãe pelo mundo da moda, além da carreira de modelo e sua carreira como bailarina, que fez muito sucesso, tudo isso se encerrou com a chegada dos filhos.
Passamos pelos paparazzi apenas acenando, adentramos no local e puta que pariu, está incrivelmente perfeito.

— Caralho, a decoração está impecável, está tudo lindo. —digo a Arturo.

— Você sabe quem foi que arquitetou tudo isso, né? Eu mesmo, não tinha como estar melhor.

— E você sabe quem fez o design? Eu mesma. —digo me gabando.

— É maninha, você realmente tem talento, e olha que você acabou a faculdade agora em, agora eu vou lá cumprimentar os italianos.

— Tudo bem. — digo e aproveito para pegar uma bebida.

Vou ao balcão de bebidas e decido pegar o vinho castellani que meu pai fez em homenagem à
família, decido ir ao canto mais reservado onde ficam algumas poltronas.
Quando chego, um dos lugares já está ocupado, então me sento na que está desocupada. O homem ao meu lado parece estar observando o local.

— O'Que você está achando da inauguração? — digo tentando puxar assunto, mas acho que ele não gosta muito, já que suspira antes de me responder.

— O lugar é aconchegante, o design não é tão ruim, mas também não é um dos melhores. — ele revela.

—Não é tão ruim? O'Que não faz ele ser perfeito, na sua opinião, é claro. - digo, sendo sarcástica e deixo escapar um sorriso provocador.

— A parte visual não me agrada. —Ele me diz e me faz revirar os olhos.

— É claro que o design ia fazer o projeto pensando no que você iria achar, não é? - Oh, Deus, eu preciso deixar o sarcasmo de lado um pouco, nem sei quem é esse homem.

—Deveria já que eu sou o sócio que tem a majoritário.

Porque você ? ( Sr e Sra Salvatore )  1º Livro Trilogia Onde histórias criam vida. Descubra agora