Liberdade

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• Jin-Hee •

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• Jin-Hee •

Após ver aquilo na tv, eu comecei a estudar diversas formas de ingressar. In guk assinkou um termo de responsabilidade sobre minha avó, e o que me pesava o peito era que ele sofreria as consequências pela minha deserção. Logo após manifestar meu desejo de fugir, ele começou a mexer os pauzinhos com seu primo e alguns amigos de extrema confiança no exército para que tudo desse certo. Eu tinha apenas 12 dias pra sumir do mapa, antes da próxima inspeção.

Após uma semana, resolvendo toda a papelada e tentando me colocar na equipe médica dos atletas, In Guk me pede pra encontrar ele num lugar deserto.

Saio de casa com a madrugada congelante  penetrando em minhas narinas, agasalhada até os dentes, o frio está absurdo, mesmo toda coberta, sinto um frio percorrer minha espinha.
O pavor de estar fazendo algo errado me atinge em cheio. No cidade escura, iluminada apenas pela luz da lua, ele acena, eu vou até ele.
Nos cumprimentamos e ele começa a falar sussurrado, com uma fina névoa fluindo por seus lábios.

— Tem que haver um outro jeito de resolver isso, você vai ser morto. Não acho isso justo, você tem seus pais. — Falo com a voz embargada, em profunda agonia ao ver que ele se propõe a fazer isso com um sorriso no rosto.

— Eu tenho meus meios de me cuidar Jin-hee, eu vou conseguir escapar. Não se preocupe, meu primo já me garantiu a saída do país caso haja imprevistos, pra mim e meus pais. — Ele diz com um sorriso no rosto que me faz crer que ele realmente sabe se cuidar. Ele segura minhas mãos. — Se esse é o preço que eu preciso pagar pra realmente ver você feliz, eu pago. — Ele sorri e lágrimas escorrem por seu rosto. Eu as enxugo, retirando a luva de lã e tocando em seu rosto.

— Me perdoe! Me perdoe por não poder retribuir ao seu amor, me perdoe por fazer você passar por tanta situação absurda. Me perdoe InGuk.
— Digo também em meio as lágrimas.

Ele segura meu rosto, beija minha testa e fala aflito.

— Não peça perdão, eu nunca exigi isso de você. E eu não aceitaria seu amor se fosse dado por exigência, eu queria que você tivesse me dado seu coração por livre e espontânea vontade e desejo de ser minha. Se isso não aconteceu, o que eu posso fazer? Quero apenas que você seja feliz, queria poder ver muitos sorrisos nesse seu rosto lindo, mas não será possível. Mas eu te prometo, se algo acontecer comigo eu vou continuar te protegendo lá de cima.

—Não diz isso — Levo os dedos aos lábios dele que segura minha mão e beija a ponta dos meus dedos. Ele me puxa pra um abraço apertado e bem demorado.

Eu sinto meu coração sendo partido, pelo medo, medo por mim, medo pela segurança dele e de sua família, medo do que virá, medo de ser pega fugindo, medo de tanta coisa.

Mas mesmo sentindo o medo fluir pelos meus ossos, a necessidade que tenho de viver e de sair daqui são maiores.

Ele me entrega toda a documentação que seu primo do governo conseguiu expedir em tempo recorde. Uma malinha, com roupas e poucos acessórios.

Destino Traçado (YOONGI)Onde histórias criam vida. Descubra agora