𝐂𝐚𝐩.𝟑

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𝐀ngel

Hoje eu vou visitar meus pais , eu não acho que meu pai  vai me receber bem, como sempre , a melhor coisa que eu fiz quando completei maior idade, foi sair de casa , toda vez que eu vou lá eu recebo um tapa na cara e sou humilhada,porque eu simplesmente não quis administrar a empresa dele , meu pai sempre que algo desse errado na vida dele ele bebia e voltava pra casa quase caindo , e simplesmente descontava as frustrações dele em nós duas , e isso nunca acabou ,minha mãe nunca fez nada por medo dele a matar , uma vez eu já até tentei fugir por volta dos meus 16 anos , isso só foi pior porque ele me bateu como nunca tinha me batido antes.Lá demora em cerca de umas 3 horas pra chegar, porquê nós mudamos pra uma casa na praia quando eu tinha uns 10 anos , toda vez que ele me batia e eu conseguia fugir eu ia pra essa praia , eu amo muito a praia , pra mim é só você pisar na areia e tira todas as suas energias negativas, quando eu conseguia ficar por muito tempo fora eu ficava até o amanhecer era muito lindo.
Cheguei lá fui recebida por Marta a empregada ele foi sempre uma querida comigo, limpava os meus machucados e tinha o seu irresistível bolo de chocolate o qual eu amava na infância.
— Oi Marta , tudo bem?- digo ao vê-la.
— estou sim srta.
— a sem formalidades por favor.
— tudo bem senh... ops Angel.-dei uma leve risada e sorri para a mesma .
— onde estão os meus pais?-a pergunto
— seu pai está no escritório e sua mãe está no jardim.- disse a mesma.
— certo, obrigada Marta .
— de nada querida .
dou um sorriso para a mesma e ela o corresponde , vou em direção ao jardim e vejo minha mãe regando as plantas.
— Mãe?
ela vira a cabeça e da um sorriso meio triste.
— oi minha filha.- mesma diz com uma cara meio pálida.
— como a senhora está?- a pergunto preocupada.
— estou bem na medida do possível filha.- sua resposta não me convenceu mãe.
— a senhora está meio abatida, está tudo bem mesmo?- insisto para ver se ela me fala a verdade.Eu a conheço sei que ela está mentindo.
— sim, sim não se preocupe.- ela diz forçando um sorriso.
— está bem.- digo já rendida.
—o seu pai está no escritório.
— está bem, eu vou falar com ele agora.
ela afirma com a cabeça .Chegando lá eu bato na porta e ele grita um " pode entrar, adentrei a sala  e ele me olhou com o desprezo de sempre.
— você?- diz me encarando.
— sim papai. - digo tentando não entrar em uma crise.
— o que faz aqui?- o mesmo pergunta fazendo pouco caso.
— vim visitar vocês dois.- o mesmo dá uma risada sarcástica.
— eu não preciso da sua visita ,sua vadia inútil.- o mesmo diz com uma feição de ódio.
ele se levanta de sua cadeira e me dá um tapa na cara .
— tá bom pai, já que o senhor não quer a minha presença, eu não virei mais aqui , mas se o senhor não parar de agir como um covarde com a minha mãe .Eu vou fazer o que eu nunca fiz antes, passar bem papai.
Sai de lá chorando igual uma criança  .Passo correndo sem dar oportunidade de ninguém falar nada. Corro em direção à praia ela sempre me acalma, me sento na areia e começo a chorar.

𝐋ee 𝐊now

Depois do encontro indesejável com aquela moça. Eu tive que ir pra casa pois no dia seguinte eu teria um trabalho em outra cidade.
No outro dia , eu acordei , fiz meus afazeres e fui para a cidade na qual fiz o trabalho. Depois de uma 1 hora de aula , a mãe da criança que eu dei aula me disse que tinha uma praia próxima. Então eu fui até essa praia, que era um tanto deserta. E vejo uma moça soluçando e chorando , decido a chamar.
— moça. - a chamo.
ela se vira , eu não acredito e a mulher, que eu salvei e entreguei a pizza. Eu não tenho um dia de paz mesmo.
— oi?
ela diz com a voz embargada.
— tudo bem moça ?- pergunto com uma leve preocupação.
— é Angel , meu nome é Angel- ela diz secando as lágrimas.
— bom meu nome é Lee Know , eu acho que nós começamos com o pé esquerdo não acha?
ela afirma com a cabeça.
— que compartilhar o motivo de estar assim?- ela hesita mas concorda com a cabeça.
—é o meu pai, ele sempre descontou os problemas dele em mim e na minha mãe em forma de agressão física e verbal.
—eu sinto muito - disse sem ter o que dizer.
ela assente com a cabeça olhando para as lindas ondas do mar.
—você já passou por algo parecido?-ela me pergunta.
—não, o meu pai sempre foi uma ótima pessoa, pena que ele não está mais aqui
—o que houve com ele ?
sinto um leve aperto no peito ao falar.
—ele morreu quando foi assaltado.
—meu Deus...eu sinto muito, desculpe ser invasiva desse jeito
Ela deve ter percebido o meu desconforto sobre o assunto.
— a sem problemas .
— eu preciso ir.- a morena diz e eu pergunto.
— quer que eu te leve em casa?
— a não precisa, eu vou pegar um táxi.
— eu insisto - ela hesita um pouco mas logo aceita.
—está bem.- se diz por vencida.
Fomos em direção ao meu carro, ela se senta no banco, eu faço o mesmo e ligo o meu carro.A viagem foi um tremendo silêncio. Chegamos em seu apartamento e descemos do carro .
— obrigada.
— de nada.
— até mais Lee Know...
— até mais Angel...


— até mais Angel

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𝐔m 𝐦eio 𝐬em 𝐯olta~ 𝒍𝒆𝒆 𝒌𝒏𝒐𝒘Onde histórias criam vida. Descubra agora