Noite das Rosas Negras

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Celeste e sua mãe voltava da floresta após coletar todos os ingredientes que procuravam, durante sua caminhada celeste pensava sobre o jovem perdido e ferido na floresta, porém tudo era passageiro em seus pensamentos, mas sua mãe preocupada advertiu sua filha dizendo:
- Celeste minha filha! Não volte a pensar no que se passou na floresta, aquele menino é humano e nós somos bruxas, para os humanos somos adoradoras do demonio e noivas de satanás, mas lembre-se minha filha, somos guardião da natureza, filhas da mãe natureza e abençoadas pela mãe terra com nossa magia, jamais esqueça isso e nunca se envolva com os humanos, eles jamais entenderam nossa fé e poder.
Celeste ficou assustada com a conversa e advertência de sua mãe, mas entendeu que sua mãe só queria a proteção e o melhor para ela então desistiu dos pensamentos sobre o jovem desconhecido e juntas chegaram em casa.

O jovem já se encontrava em sua casa pensando em tudo que passou naquela floresta, mas ele se perguntava:
- "Como eu fui parar naquela floresta  ferido e quem são aquelas duas pessoas que me ajudaram".
Mas como anteriormente nenhuma resposta foi encontrada alem de dores de cabeça, com isso o jovem cansado se preparou para dormir.
A luz do sol ja banhava a manhã da aldeia e nas ruas ja encontravam os aldeões arrumando suas barracas para mais um dia ganhar o seu sustento, o jovem acordado e se preparando para o seu banho da manhã, banhado e com roupas limpas o jovem foi caminhar na aldeia comprimentando a todos que por ele passava e acenava, e as jovens solteiras sempre sussurrando sobre tamanha beleza do jovem, mas o jovem sempre soube de sua beleza e o efeito que ela causava nas jovens da aldeia mas seu destino já estava traçado desde o seu nascimento e viver naquela aldeia tinha um propósito, mas aos olhos do jovem era uma terrível punição, "punição" essa dada por seu pai para mostrar ou desperta algo em seu filho, algo que o jovem não sabia e muito menos se importava em descobrir.

A jovem bruxa já em sua casa se encontrava em seu quarto estudando seu grimório, pois o sonho dela é crescer sendo uma grande e generosa bruxa igual sua avó foi e sua mãe é, mas os pensamentos da jovem sempre se encontrava no jovem rapaz, mesmo que sua mãe tinha feito a advertência, mas celeste sabia que sua mãe jamais falaria aquelas coisas se não fosse por sua proteção porém a jovem sempre foi curiosa e esse jovem é sua nova curiosidade.
Sua mãe chamava celeste da cozinha para o jantar:
- Celeste minha filha! Venha jantar! Pois se demorar a comida vai ficar fria, então venha logo.
A jovem ouvindo sua mãe chamar logo levantou-se da cama falando:
- Ja estou mãe! Só estou guardando minhas coisas aqui.
Guardando seu grimório a jovem logo  foi para a cozinha jantar pois conhecia a sua mãe muito bem, e sabia que as vezes ela era brava na hora do jantar.
Chegando na cozinha e vendo sua mãe e pai sentados a mesa afastou a cadeira para sentar-se e assim todos começarem sua refeição, porém sua mãe hoje não faria o agradecimento mas sim celeste, então a jovem com belas palavras começou:
- Agradeçemos a vossa terra por nossa comida e proteção e pedimos com tamanha humildade que oque se encontra em nossa mesa, jamais falte para os outros, que a Grande Mãe Natureza sempre provem comida e abrigo para os que precisam e proteção para todos.
Que a grande Mãe Natureza sempre olhe por nós.
E terminando seu belo agradecimento todos começaram a jantar a bela refeição com amor por sua mãe.

Do outro lado da floresta na aldeia o jovem contava oque lembrava para seus amigos e o povo da aldeia com detalhes que sua mente possa lembrar:
- Eu não lembro de muita coisa mas lembro de esta ferido e muito fraco ouvindo passos, com muito esforço abrir meus olhos e vi duas mulheres, pareciam ser mãe e filha pela semelhança, elas me ajudaram com minha ferida e me levando para o começo da floresta, o resto de minhas memórias são brancas sem mais detalhes.
Sussurros dos mais velhos eram ouvidos e palavras pronúnciadas com tamanho nojo e preconceito:
" Então é verdade que as servas de satanás vivem naquela floresta, adorando e idolatrando o diabo com suas palavras malditas e ervas diabolicas, devemos contar ao padre essa blasfêmia e erradicar essas escravas do diabo de nossa terra sagrada protegida e abençoada por Deus.
E com isso os aldeões mais velhos foram a igreja da aldeia relatar tamanha blasfêmia que o jovem havia contado na para eles sobre a bruxa e sua cria do demônio que vivem na floresta:
- Padre! Padre! Viemos relatar tamanha blasfêmia que o jovem acabará de nós contar sobre as servas do demônio.
Enquanto os homens falavam as mulheres horrorizadas faziam o sinal da cruz e outras rezavam por piedade e punição divina.
O padre abismado com tal ofensa a Deus reuni os aldeões para caçar as servas do demônio que habitavam a floresta e assim todos os adultos seguiram com tochas e gritos em direção ao destino.

Ate as rosas negras podem amarOnde histórias criam vida. Descubra agora