Capítulo 1. 💜

78 6 0
                                    

Desde que nasci sempre ouvi que eu tinha que ser perfeita e que logo que eu crescesse eu ia arrumar um marido e ter filhos... Nunca concordei com isso mas na época eu era muito bobinha para retrucar meus pais, cresci em um lar machista e rigoroso, onde a mulher se não fazia o que o marido mandar, ia levar na cara. E desde pequena sempre pensei: "comigo vai ser diferente, eu vou crescer e vai ser diferente!" Pensamento ingênuo para uns, mas, para mim fazia muito sentindo e até hoje faz um pouco. Com meus 15 anos meu pai tinha ligação com outra família que morava próxima de nós, a gente morava no sertão bem na roça mesmo,  naquela época era normal você mulher se casar mesmo não querendo, não era uma opção na época... Como meu pai tinha ligação com eles ele fez um trato com o homem que era o pai da família em que eu iria me casar com o filho deles e assim foi, me casei com Eduardo Rocha sem ao menos perguntarem se eu queria e mesmo que perguntassem meus pais jamais iam ligar para a minha opinião. Depois de um tempo casada eu e Eduardo Rocha fizemos amor e foi horroroso foi umas das minhas piores experiências que eu já tive na vida, ele não soube como me conduzir então ele me machuco,u na época eu era virgem então eu chorei muito, ele ficou totalmente confuso e a agente parou, depois de um tempinho agente tentou de novo e foi tanto que fiquei grávida por um descuido nosso. Eu tinha só 20 anos quando fiquei grávida dele, mas quando minhas filhas nasceram Maria Fernanda e Maria Eduarda foi umas das melhores coisas que já aconteceram na minha vida sem dúvidas, eu me apaixonei pelas minhas filhas desde que elas nasceram foi um amor indescritível, elas foram minhas razões de aguentar o Eduardo, Eduardo nunca foi o marido que sonhei, sempre tive aquele sonho de menina de me casar por amor mas foi quebrado assim que me casei com ele, apesar de tudo né ele sempre foi um ótimo pai para minhas filhas, eu posso dizer que ele é um paizão mas não é um marido bom, um homem bom, ele pode até ser mas não é o que eu sonhei e jamais será. Hoje em dia já tenho 42 anos.

(MS) 6:00 da manhã

Eduardo: Acorda Simone! Anda logo eu preciso trabalhar e você  precisa fazer seu dever de esposa e levantar!  Ele fala alto para mim acordar e ele me sacudia na cama.

Simone: hum.. Que merda Eduardo. Eu resmungo baixinho e eu abro os olhos e já dou de cara com aquele rosto enorme e carrancudo que ele tinha só não tive um ataque cardíaco porque eu o reconheci porque provavelmente eu teria confundido com o cão chupando manga.

Eduardo: Para de frescura levanta logo! Ele fala com o mesmo tom de sempre alto e irritante, eu nem discuto mai,  por eu já ter me enjoado só da voz dele.

Eu levanto da cama e vou diretamente para o banheiro, faço minhas higienes pessoais,  eu coloco uma blusa de seda e uma calça larga nudi, tinha saltos nos meus pés, eu passo só uma maquiagem leve no rosto.

Eu saio do banheiro e ele nem tem  a educação de me elogiar ou de me admirar ele só fica mexendo na porcaria do celular dele, eu não ligo e saio do quarto descendo as escadas, eu escuto a voz das minhas filhas provavelmente já estavam na mesa comendo.

Simone: Bom dia meus amores! Eu falo sorrindo doce para elas como sempre.

Maria Fernanda: Bom dia mãe. Ela fala comendo um pão de queijo e com uma xícara de café tomando junto, ela era mais na dela, é a Maria Fernanda né.

Maria Eduarda: Bom dia mamãe! Dormiu bem? Minha filha pergunta como sempre muito delicada.

Simone: A sim meu amor dormi bem. Eu falo com um sorriso no rosto, eu pegava minha xícara e coloco meu chá.

Maria Eduarda: Mamãe eu vou ir para a faculdade com uma amiga tá bom? Ela fala sorrindo enquanto estava pegando a bolsa.

Simone: Tá bom meu amor, vai com Deus um beijo. Eu sorrindo, eu me aproximo e deposito um beijo na bochecha dela.

Simoraya- Infinite love Onde histórias criam vida. Descubra agora