Prólogo.

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Não sabia dizer quando começou a sentir medo. Quando aqueles que considerava as pessoas mais importantes para si lhe causaram medo, o mais profundo e assustador possível. Era praticamente um bebê quando seu irmão mais novo nasceu. Outra desgraça para a família Black, ambos os filhos tidos por Wallburga e Orion eram uma vergonha para os Black. Dois ômegas machos seguidos na linhagem perfeita dos puro sangue. Então quando de fato entendeu o peso que tinha no mundo bruxo como moeda de troca, sentiu mais medo ainda, e não era apenas por si mas também pelo irmão.

Sirius Orion Black III era o mais velho, o primogênito, aquele que deveria manter linhagem pura. Mas desde o início, nunca foi muito daquele tipo que seguia regras. Apanhava mas jamais abaixava a cabeça para as atrocidades ditas pela mãe. O oposto de seu irmão mais novo, esse já evitava o máximo que podia todo e qualquer tipo de conflito. Infelizmente isso nunca foi impedimento para as surras que recebeu.

Para Régulus Arcturus Black, tudo piorou quando seu irmão foi para Hogwarts e por pura ironia e maldade do destino a casa selecionada havia sido Grifinória. Tinha dez quando recebeu uma imperdoável pela primeira vez. Durante o primeiro ano do irmão foi o alvo de toda a frustração da mãe, seu pai apenas ouvia e fingia que não via.

No segundo ano de Sirius as coisa pioraram para o jovem Régulus, agora seu irmão tinha amizade com mestiços e gente de sangue ruim, isso tudo enfurecia Wallburga cada vez mais, infelizmente alguém tinha que ser punido e Sirius estava na escola de magia. Era apenas um ômega de doze anos e tinha seu futuro selado pelos pais, iria se casar com alguém que fizesse parte do sagrado 28 e viveria uma vida miserável com seu futuro companheiro ou companheira. Já que seu querido irmão estava fora de cogitação para manter a linhagem Black. Onde já se viu, um Black Grifinório, eram os fins dos tempos para a família.

Felizmente teve um respiro quando foi selecionado para a Sonserina, ao menos não iria decepcionar tanto quanto o irmão. Mas quem havia dito que seria minimamente fácil?

Sirius o ignorava agora, tanto em casa quanto na escola durante o ano inteiro. As coisa só iam de mal a pior para o jovem Régulos e ainda tinha aquele maldito Potter. O melhor amigo do de seu irmão que fazia questão de fazer de sua vida um inferno à parte. E assim se seguiu durante anos, com torturas físicas e psicológicas por parte de seus pais e de inesperadamente de seus irmão mais velho, e como doía todo o descaso que recebia da sua família.

E é claro que ainda tinha o Potter para atrapalhar sua vida ainda mais. Durante toda sua adolescência foi assim, quando teve o primeiro cio foi trancado pelos pais e não tinha nenhum alívio contra a dor que sentia. Mesmo que tivesse implorado por ao menos um feitiço que ajudasse com o que sentia, mas teve isso negado. Quando voltou para Hogwarts após seu cio aos 15 soube por algum aluno da Sonserina, que ouviu de um lufano, esse que havia ouvido de um grifinório, que seu irmão passava os cios acompanhado de Remus Lupin um mestiço da Grifinória. Aquela foi a primeira vez que sentiu inveja do irmão. Não que gostasse de Remus Lupin, porque não tinha a mínima afeição pelo alfa, mas porque Sirius era livre.

Livre de cobranças e podia amar e ser amado sem se preocupar, Sirius podia ter sua própria vida. Ele não foi prometido a nenhum lorde com 16 anos, muito menos recebeu uma maldição aos 16 quando recusou o noivado e perdeu sua virgindade com um mestiço.

Sirius já havia fugido de casa e morava com os Potter. Os malditos Potter 's que tinham levado o mínimo que ainda tinha para se manter são. Odiava James Potter e sabia que todo ódio era recíproco da parte do alfa, já que era tido como culpado pelo alfa, para James o ômega tinha tanta culpa quanto seus pais sobre o sofrimento que Sirius havia vivido. Mas Sirius tinha um lar, ele tinha uma família que lhe acolhia nos momentos duros, tinha um ótimo namorado que lhe amava e que inegavelmente faria de tudo por sua felicidade, tinha um melhor amigo. Bom Sirius tinha tudo, tudo aquilo que Régulos nunca teria, não nessa vida.

Brilho eterno de uma supernova. (Jegulus) -ABO-Onde histórias criam vida. Descubra agora