You are my boy || Chanmin

Capítulo 6

Kim Seungmin

── Bom dia minha bisha favorita! ── cumprimentei Felix, esse que me olhou com uma cara péssima ── O que aconteceu? ── perguntei preocupado

── Bom dia ── resmungou

── Menino ── parei o que ia dizer no meio da frase ── Lix! O que aconteceu com você? Tá passando mal?

── Não tô passando mal ── suspirou ── Só não estou feliz

── Tem certeza? Pode me contar, caso queira, estou aqui por e para você ── me sentei ao seu lado, mesmo sabendo que não era meu lugar ── Se não estiver confortável eu posso sair ── comecei a me levantar e ele puxou meu braço

── Promete que não conta pra mais ninguém? ── arqueei uma sombrancelha

── Dês de que não seja algo como tráfico, eu prometo ── tentei fazer piada, mas ele só soltou um pequeno esboço de riso que se desfez rapidamente

── A aula começou. Vou te mandar um bilhete quando o professor estiver distraído ── piscou um olho com certa dificuldade

── Tá bom, Cinderela ── me levantei e ele fez aquele barulhinho com a língua

...

── Seungmin! ── ouvi alguém me chamar, me acordando do meu sono de beleza ─ lê-se como aula de história

── Que? Sim! Tô aqui ── resmunguei e ouvi um riso, que com certeza não era do professor ── Que foi?

── Felix pediu pra que eu te passasse esse bilhete ── tirou um bilhete do bolso e me entregou

── É mesmo, obrigada Chan ── sorri e abri o bilhete sem olhar novamente para a minha dupla

Demorei um pouco pra entender o que estava escrito, Felix tinha uma letra ótima, o problema em si estava na bagunça. Eram muitos sentimentos e questionamentos jogados em uma folha

Porém eu acho que entendi. De forma bem rasa, o que eu entendi é que; ultimamente ele não tem conseguido manter o controle das emoções com muita facilidade. Então pequenas coisas se tornavam mil vezes maiores e mais complexas.

Também vi que um dos motivos de seu descontrole tem sido ligados com a forma como ele se enxerga. Em vários pontos da folha eu podia ver palavras ligadas a aparência, essas que estavam sem nenhuma coerência, mas juntando tudo até que fazia sentido

No verso estava escrito que após uma ida no psicólogo, um deles recomendou um remédio de gosto horrível. De acordo com a carta, servia para regular emoções muito fortes, daforin, se ele não se engana

Comecei a escrever uma resposta no que sobrou da folha.

" Eu entendo você, é comum que em algum momento da nossa vida nós nos sentimos perdidos. Espero que eu consiga te ajudar nesse caminho.

Sobre os remédios, talvez seja complicado no início, mas no final provavelmente vai te ajudar. (⁠◍⁠•⁠ᴗ⁠•⁠◍)

~K.SM"

Dobrei a cartinha novamente, com cuidado para que o professor de história não me visse, até porque se eu já me queimar com ele no início do ano, não vai ter como eu mendigar ponto no final do ano

── Chan ── sussurrei e minha dupla se virou ── Entrega isso pro Lix?

── Posso ── estendeu o braço e eu lhe entreguei o papel ── Ele tá bem? ── me perguntou depois de entregar o bilhete