𝐕𝐄𝐍𝐎𝐌 - JENLISA

DEMITIDA.

Estou aqui agora, olhando o grande prédio que tem um letreiro tecnológico escrito: FORTEC.

Eu não teria como escapar. Eu apenas iria fazer umas perguntas e nada demais, nada comprometor. Por que eu falaria isso? Fala sério.

Mas agora é sério, estou aqui tentando fazer meu trabalho, mas o tapado do taehyung não sabe segurar a porra de uma câmera. Como eu contratei isso? Se eu fosse à eu do presente eu teria deixado ele desempregado.

Mas apesar de toda a burrice, e a falta de neurônios, e a falta de conhecimentos gerais. Tae é como meu irmão. Nas escalas das pessoas que eu mais gosto, ele tá na terceira.

Tá bom, segunda. Reviro os olhos.

Mas o que importa, é que hoje vai ser um dia foda em que eu vou entrevistar a fundadora da FORTEC.

Bae joohyun.

E vai dar muito bom, vou ganhar dinheiro, status, dinheiro e dinheiro. Qual é? Quem não gostaria de saber de uma bilionária que se ergueu sozinha e agora lidera uma empresa de cientistas nerdões?

Eu não gostaria. Desculpa Jennie, você é uma nerd gostosa.

Eu não curto muito essas coisas.

—Ajeita isso aí, vai. — Digo pro meu assistente gravador, vulgo tae.

—Qual é? Não tá bom o suficiente assim? — Diz taehyung tentando segurar a enorme camera gigante.

— Segura direito, jegue. Tá torto.

— Ah, nada tá bom. Olha o tamanho dessa câmera, manopal. — eles diz quase como um gay.

Não quase como um gay, ele é um gay.

— Mas você tem que fazer seu trabalho direto, é só enquadrar a camera.

— Eu tô enquadrando a câmera.

—Sim, igual um jegue.

—Eu tô fazendo o possível. — diz ele com a voz com indignação.

—Não tá não.

— Eu tô sim, você que tá torta.

Meu deus do céu.

—Olha, Kai, só enquadra isso direito. Eu tô perdendo a porra do meu tempo, eu podia já até ter acabado com isso.

— Mas você que tá dificultando.

—Eu não.

—Você sim.

Respiro fundo.

—Ta bom, tá bom. Só vamos começar logo, porra.

— Tá bom. —ele diz.— Mas olha eu não sei como você é conhecida sendo tão arrogan-

— COMEÇA LOGO.

(...)

Foi uma merda, um bostinha. Uma desgraça, mais que um desastre. Assim que eu comecei as perguntas eles me expulsaram de lá.

Tudo bem que eu perguntei sobre os experimentos em humanos e tals, mas pra que né? Cagona da porra. Bae joohyun é uma psicopata maníaca.

Como as pessoas conseguem fechar os olhos para os experimentos humanos? Como as pessoas apenas continuam trabalhando nessas coisas? Que porra.

E ainda por cima eu fui demitida, mas eu arrumo outro emprego. Eu só quero encontrar a minha mulher e ficar agarrada com ela, por hoje chega.

Termino a minha tequila e subo na moto.

Não tem maneira alguma de eu conseguir postar essa matéria. De forma alguma, não tem como. Só se eu quiser morrer.

Acelero a moto parando em uma das empresas da FORTEC.

Vejo minha garota. A mulher que eu tanto amo. Finalmente, depois de um dia cansativo vou poder ver ela.

Ela é tão graciosa. Eu venero tanto essa mulher, ela é meu universo.

— Oi lind-

—Você é a porra de uma egoísta!

Ela diz apontando pra mim enquanto grita.

Tá bom, esse não foi o esperado.

— Do que você tá falando?

Só aí que eu reparo que ela estava segurando uma caixa com todas as suas coisas do trabalho. Ela foi...

— Do que eu tô falando? — Ela ri irônica.— Você estragou a minha vida! Graças a você eu fui demitida, por sua culpa! Lalisa, era o emprego dos meus sonhos, eu..eu.

Ela tapa o rosto com uma das mãos livres, enquanto respira fundo. Ela está segurando as lágrimas.

— Vamos pra casa..a gente resolve isso, amor. — imploro.

Até aí eu pensava que não era nada sério. Geralmente eu e Jennie brigamos assim, mas sempre se resolvemos. Mas esse dia não foi como geralmente é.

— Não! Não vamos pra casa, você traiu minha confiança, você fodeu com tudo! — Lágrimas escorrem de seus olhos. — A gente não vai resolver nada.

— Amor..

Tento me aproximar, mas então ela se afasta.

— A gente está a acabada.

Meu corpo todo se endurece.

Não, não, não, não. Por favor tudo menos isso.

—Jennie..por favor. Me desculpa, E-eu sinto muito.

— Acabamos aqui e agora. — Ela retira a aliança e me entrega.

Seguro o anel ainda não caindo na real.

Não, não, não, não. Por favor.

— Jennie, eu te amo. Não vai, eu vou resolver isso..

Saio de perto da minha moto e seguro seu braço.

— Se você me amasse não teria feito que fez. — Ela ri irônica.— E fica longe dos experimentos, você não sabe do que eles são capazes de fazer com você se mexer mais ainda com isso.

— Eles são filhas da puta!

— Não, você que é a filha da puta! Sabe o pior de tudo? A culpa é toda sua, porque você só pensou em você e em nada mais! — Ela diz gritando e então finalmente percebo minhas lágrimas presentes, mas eu ainda não tenho expressão.

— Espero que você tenha uma boa vida..boa noite.

Então ela se vira e sai andando com seus saltos pretos e meia calça cinza. Olho para os meus pés. Porra eu estraguei tudo, tudo que eu tinha, tudo que era meu. Como isso foi se tornar assim? Perdi meu emprego e agora a minha mulher, eu perdi tudo!

E pensar que ontem nós estávamos fodendo igual dos coelhos se amando, mas e agora..acabamos. acabou. Nada de se casar com a Jen jen..nada de mini bola peluda manipuladora..nada do que eu tinha!

—Porra! — grito enquanto chuto minha moto.

Monto nela rapidamente e acelero em Auta velocidade.

É hoje que a dieta de cerveja acaba.

Por que ela não está mais aqui.