Existe um homem que ninguém nunca viu. Seu rosto é desconhecido, a cor de seus olhos um mistério. Alguns se perguntam se ele é real, quase uma fábula para assustar as crianças levadas.
Se sentir que algo te observa de longe, esconda-se e reze para...
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Depois de MH.
07:05 AM
A bala de aço perfura sua testa antes que ele consiga levar a xícara de café aos lábios.
Na rua 135 Jinnam-ho, às sete da manhã de domingo, havia uma longa fila na calçada em frente a cafeteria do Empresário Marcos Valente. Uma série de carros fazendo a volta pelo Drive-thru e as mesas do lado de dentro ocupadas por senhorinhas conversando e tomando chá.
Parecia um bom domingo para elas.
Do outro lado da rua, o Parque Central da cidade, lotado de crianças elétricas, pais entediados, sorvetes, pipocas e algodão-doce. Ah, e balões de gás, não podemos esquecer dos balões!
Definitivamente aquela seria uma boa manhã para eles, se não fossem as circunstâncias que me trouxeram aqui.
Então, de repente, quando o baque alto da porcelana se estilhaçando de encontro ao chão ecoa pela confeitaria, as pessoas entram em pânico e, com terror, observam a imagem do homem caído sob a mesa.
Uma das senhoras que tomava chá, teve o azar de estar sentada à frente do morto, horrorizada, ela tampa os lábios, seus olhos transbordando lágrimas de medo.
A reação imediata de todos é sair correndo, ninguém se preocupa com o homem morto sob a mesa. Até porque, ele já estava morto. Não havia esperança, mas eles ainda poderiam fugir.
Apenas a garçonete escondida atrás do balcão se preocupou em acionar as autoridades, o que desconfio ser parte do protocolo da empresa.
Satisfeito com a pequena população histérica, retiro a mira dos olhos, relaxando a postura.
— Hora da morte...— Encaro o relógio, para anotar no caderno — 07:05 am. — risco na lista.
Nº 65.
Calmamente, recolho meus equipamentos, observando e escutando do alto do prédio todo o frenesi.
Diferente da maioria dos Rastreadores, não me sinto confortável em matar pessoas para conseguir dinheiro. As vezes é necessário, não vou mentir dizendo que nunca fiz serviços que foram contra o que eu acredito. Posso ser um grande filho da puta, mas não sou mentiroso.
Porém, o Nº 65 foi por prazer, vingança e ódio.
Menos um.
Com calma, fecho a mala de mão, pronto para ir embora dali, mas sou rapidamente impedido pelo toque infantil do celular. Tudo culpa do Hoseok, obviamente;
— "Não me desrespeite homenzinho!" - ironicamente, a primeira frase da música me faz sorrir. Como fica minha imagem se em meio a um assassinato, ''Amigos Do Outro Lado'', da princesa e o sapo começa a tocar aleatoriamente?
