𝐀𝐁𝐄𝐑𝐓𝐔𝐑𝐀

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Pronto, o fim da explicação do plot da história.

Do capítulo Cadáver até Abertura é um capítulo só, mas esse, em si, se passa na primeira vez em que o Kaemon e Adhara se encontram no passado na história.

Quando ele era pequeno, lembram? Matança, se eu não me engano. Eles se encontram na floresta e ela diz para ele não beber a água do lago.

Se estiver muito confuso, releiam. Vai ajudar.

Esse é o último capítulo que explica realmente o passado, talvez, terá mais um. Que contará a primeira vez o em que o casal foi para a cama. E a primeira me que se apaixonaram

Boa leitura, fantasminhas.

Prometo que a única e próxima abertura que vai ter será as das pernas da Adhara.





Estou em prantos, entristecida. Minhas orações são amargas e todas estão todas fragmentadas. As lágrimas que desaguam nos meus planetas castanhos de vidros ardem mais que o único disparo de uma bala de pólvora. Desde que Kaemon realizou a chacina do século, tenho me escondido da caça da minha avó, aflita. Aludra resolveu punir-me por assassinato das minhas irmãs com o mais poderoso ser que ela pode invocar, mesmo estando parcialmente morta: Chemins. Os caçadores do desequilíbrio. Novamente estou pagando pelos erros de outra pessoa. Isso enfraqueceu a minha magia, por estar há anos e anos dividindo-me em traços coloridos e me absorver da vocação da maldade.

— O que você fez? — pergunto, com as bochechas drasticamente vermelhas. Garganta seca. Desidratada. Meu corpo está tão mole que uma minhoca esmagada teria mais capacidade de andar.

eu

quero tanto

desabar

— Apenas libertei o monstro que você escondeu — responde, com a maior facilidade que um vilão pode ter. Haemal Zabinski está encarando-me firmemente, com os braços cruzados e encostado no tronco de uma árvore. Meu coração mal pulsa, o medo aflora no meu sangue. — O selo enfraqueceu com o tempo, então, sua mãe e eu, depois de seiscentos anos tentando, conseguimos tirá-lo do vazio. Você o prendeu bem, Adhara. Arrumei um corpo que pudesse suportar parir alguém com tanta magia, conseguimos uma bruxa que puxasse o quinto elemento: o espírito. Várias e várias morreram durante o processo, mas teve uma mulher que conseguiu, morreu após o parto, mas isso não é tão interessante assim. Evren e eu o criamos muito bem, até hoje, Kaemon pensa que somos os seus pais.

Fecho os punhos, com força, respiro o mais fundo que posso.

— Mas somos, não somos? — pergunta, com um sorriso profano aberto na face. — O libertamos, então, teoricamente, somos os seus pais.

— Nem se vocês quisessem conseguiriam criar algo tão poderoso quanto o Kaemon. Nem eu fui capaz de criá-lo por completo. Apenas estruturei sua consciência.

— Fez um ótimo trabalho, ele é um bruxo surreal, de tão poderoso.

— Não deveriam ter feito isso — digo, erguendo o queixo para encará-lo nos olhos. — Você é uma alma nova, Haemal. Mal tem oitocentos anos, então não sabe o que aconteceu há mais de um milênio. Mesmo com a guerra que está acontecendo entre os bruxos, luz, trevas, ecleticos, verdes, rosas, azuis, vermelhos, brancos, ou negros. Seculares, ocultistas, caóticos, independentemente de qual vertente ou magia praticada, ele é um risco à liberdade de todos, a vida. Ele é o Fim. É um estalar de dedos desse verme e tudo o que você ama encontra a morte.

— A múmia não deixará.

Reviro os olhos. Meu peito treme com uma risada. Eles não aprenderam nada com a história de todos os governantes que já passaram?

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⏰ Última atualização: Aug 29 ⏰

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A podridão dos véus (parte 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora