Ossos quebrados

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Uma pancada na porta fez com que ela caísse no chão. Minho entrou no quarto apressadamente, procurando por Hyunjin. Seu coração se partiu ao ver a cena diante de seus olhos, e um rosnado escapou de seus lábios, vindo do fundo de sua alma.

A figura delicada e indefesa do ômega estava amarrada a uma cadeira no canto do quarto. Algo escorria pelos lábios de Hyunjin; pelo cheiro, o alfa sabia que era sangue, o que o enfureceu ainda mais. A cabeça de Hyunjin estava tombada para o lado, indicando que ele estava inconsciente.

Minho correu para o ômega, tentando desamarrar as finas cordas que o prendiam. Suas mãos tremiam levemente durante o processo, e lágrimas desciam pelo seu rosto. Ele se sentia culpado por não ter protegido o amor de sua vida. Com o mais novo já em seus braços, Minho se virou para encarar os dois outros alfas presentes no quarto. Uivando alto, como um chamado, ele não parou até que Jeongin apareceu correndo na porta do quarto, com os outros logo atrás.

— HYUNJIN! — gritou Chan, correndo em direção ao irmão.

Passando Hyunjin para os braços de Chan, Minho ordenou: — Levem-no para o hospital agora.

— O que vocês fizeram com meu irmão? — Bang praticamente cuspiu as palavras, cheio de raiva.

— Relaxa, alfa. Nós não fizemos nada com ele. — disse James, em um tom totalmente relaxado.

Bang deu um passo à frente, com a intenção de se aproximar de James e Henri, mas Minho o parou, colocando a mão em seu ombro.

— Leve-o ao hospital. Eu resolvo isso. — pediu, olhando nos olhos de Chan.

Bang encarou o rosto do outro; os olhos de Minho estavam vermelhos, com bonitas lágrimas descendo por sua face alva. Ali, ele viu preocupação e a mais profunda raiva.

— Vão, cuidem dele. Eu resolvo. — Repetiu.

Acenando com a cabeça, Bang segurou Hyunjin com ainda mais firmeza e saiu do quarto, com Seungmin e Felix o seguindo.

— Vou ajudar o Chan a levar eles até a saída e volto. Por favor, não faça nenhuma loucura. — Jeongin pediu.

— Não me peça o impossível, Jeongin.

— Pense no Hyunjin. Você precisa estar bem para cuidar dele. — disse Jeongin, saindo do quarto.

O quarto estava impregnado de aromas, mas todos foram dominados pelo cheiro de hortelã e toques de terra molhada. A presença do alfa não era calma; era raivosa. James e Henri estavam calmos, encarando Minho com olhares entediados, como se não compreendessem a gravidade da situação em que se encontravam.

Os dois não tiveram tempo de reação, pois o alfa os atacou com uma velocidade surpreendente, derrubando ambos ao mesmo tempo. Minho agarrou o pescoço do alfa de cabelos pretos com as duas mãos e apertou sem piedade, levantando-o do chão. O rosto de Henri rapidamente ficou vermelho e logo ganhou um tom arroxeado. O lúpus sorria, satisfeito, quando foi atingido por um soco na parte de trás da cabeça, fazendo-o soltar Henri, que caiu de joelhos, tentando recuperar o fôlego. Antes que Minho pudesse se virar, sentiu um par de braços o apertarem, prendendo seus braços ao lado do corpo.

— Você acha que pode mesmo me segurar? — Minho perguntou.

— Parece que sim, não é? — disse James, em tom de deboche.

— Quem você pensa que é? — Henri perguntou, cuspindo no rosto de Minho.

— Já falei, caralho! EU SOU LEE MINHO!

— Esse nome não me diz nada. — James apertou ainda mais os braços ao redor de Minho.

— Isso só mostra que você é burro!

Essencial - HyunhoOnde histórias criam vida. Descubra agora