Capitulo 20

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Harry acordou sentindo uma grande dor de cabeça.

Ele abriu levemente os olhos, apenas para fecha-lso novamente em seguida, sua cabeça estava latejando de dor, e ele se sentia tão tonto...

Mas os poucos segundo que passou com os olhos abertos, foram o suficiente para ele identificar o teto da ala hospitalar do castelo.

Harry se mexeu um pouco na cama, mas parou quando ouviu pessoas conversando nas proximidades.

– ...uma história chocante... chocante... milagre que ninguém tenha morrido... nunca ouvi nada igual... pelo trovão, foi uma sorte você estar lá, Snape...

Harry deve que segurar um gemido de desagrado, claro que Snape tinha que meter o seu nariz grande onde não era chamado.

– Muito obrigado, ministro.

– Ordem de Merlim, Segunda Classe, eu diria. Primeira Classe, se eu puder convencê-los.

– Muito obrigado mesmo, ministro.

– Que corte feio você tem aí... obra do Black, suponho?

– Na realidade, foi Potter, ministro...

– Não!

– Black havia enfeitiçado Potter e seus amigos, vi imediatamente. Um feitiço Confundus, a julgar pelo comportamento deles. Pareciam acreditar que havia possibilidade de o homem ser inocente. Não foram responsáveis por seus atos. Por outro lado, a interferência deles talvez tivesse permitido a Black fugir... Os garotos obviamente pensaram que iam capturá-lo sozinhos. Já escaparam com muita estripulia até agora... Receio que isso os tenha feito se acharem superiores... e, naturalmente, Potter sempre recebeu uma extraordinária indulgência do diretor...

– Ah, bom, Snape... Harry Potter, sabe... todos somos um pouco cegos quando se trata dele.

– Contudo... será que é bom para ele receber tanto tratamento especial? Por mim, procuro tratá-lo como qualquer outro aluno. E qualquer outro aluno seria suspenso, no mínimo, por colocar seus amigos em situação tão perigosa. Considere, ministro: contrariando todas as regras da escola... depois de todas as precauções que tomamos para sua proteção... fora dos limites da escola, à noite, em companhia de um lobisomem e de um assassino...

Harry revirou os olhos e mordeu a lingua para não falar um monte na cara do Snape.

– Bem, bem... veremos, Snape, veremos... O garoto sem dúvida foi tolo...

Harry estava deitado com os olhos bem fechados, pois ainda sentia-se muito tonto, as palavras que ouvia pareciam viajar muito lentamente dos ouvidos para o cérebro, por isso estava difícil compreender.

 Suas pernas e braços pareciam feitos de chumbo; as pálpebras demasiado pesadas para abri-las... 

Se ele não se sentisse tão mal, ele teria pulado na garganta de Snape, mas naquele momento, ele apenas queria ficar deitado ali, naquela cama confortável, para sempre...

– O que mais me surpreende é o comportamento dos dementadores... você realmente não tem ideia do que os fez se retirar, Snape?

– Não, ministro... quando recuperei os sentidos eles estavam voltando aos seus postos na entrada...

– Extraordinário. E, no entanto, Black, Harry e Draco...

– Todos inconscientes quando cheguei. Amarrei e amordacei Black, naturalmente, conjurei macas e os trouxe diretamente para o castelo.

Houve uma pausa. O cérebro de Harry parecia estar trabalhando um pouco mais rápido e, quando isso aconteceu, surgiu uma sensação desagradável na boca do seu estômago...

Team Gryffindor (Harry Potter: Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora