°°Extra II°°

103 15 8
                                    

Ouço batidas na porta e logo paro de amarrar meu tênis

- entra

Meu pai entra no quarto e calmamente se apoia na batente da porta. Termino de amarrar meu tênis e rapidamente começo a arrumar minha mochila

Arthur - Atrasado de novo?

- Meu despertador não tocou

Arthur - Eu levo você

- Você se oferecendo pra me levar pra faculdade? Isso é novidade

Arthur - Tava pensando em umas coisas e precisamos conversar

- Aí pai, se for brigar por conta da morte do Tapioca, já disse que a culpa não foi minha

Arthur - Não, não é sobre o tapioca

Ele tá muito sério, isso tá me assustando.

Que bra de tem po

- Então.... vamos só ir em silêncio pra faculdade?

Arthur - É que eu não quero que você pense coisas erradas sobre o que eu vou falar

- Pode falar na lata, eu aguento

Falo enquanto batia no peito

Arthur - Lembra de quando aquele garoto te disse que a água tinha piranha?

- Ah sim, queria descobrir o motivo dele falar isso

Arthur - Você não acha meio suspeito ele falar isso e logo após o Oliver vir te procurar na faculdade?

Sinto meu corpo travar instantaneamente

- Acha que ele ameaçou o menino?

Arthur - Bom, eu não disse isso, apenas me preocupo que ele esteja se fazendo de santo pra você

- Uhum

Arthur - Filhote, eu sei que eu e o Oliver tivemos nossas diferenças, mas agora eu só me preocupo com a sua segurança

- Isso não tem cara de algo que você falaria

Arthur - O phill pediu pra eu ter essa conversa com você, disse que era bom você saber que eu não tenho nada contra aquele idi.... o Oliver

- Tudo bem se você não gostar dele, pai. Não é como se todos os sogros e genros se dessem bem

Arthur - Eu sei

Ele para em frente a faculdade e eu logo saio do carro

- Obrigado pela carona e pela dica, vou ver isso melhor e depois falo pra vocês

Arthur - Ok, se cuida e nada de ficar se engraçando pra esses mimados

- Eu sei eu sei. Te amo, vai com Deus

Arthur - Perai! Você disse que eu sou sogro do Oliver!?

- tchau pai

Rapidamente adentro a faculdade e sorrio ao ver Luiza em seu lugar de sempre, ao lado do bebedor, e calmamente vou até ela

Luiza - Atrasado de novo

- Meu despertador não tocou

Luiza - Tô sabendo, seu dorminhoco

Ela passa o braço por meu ombro e logo começa a me induzir pelo corredor

- pra onde tá indo?

Luiza - Comprar energético, hoje vai ser uma manhã puxada

Começo a rir, mas calmamente suspiro me pronunciando

- Lembra do bonitinho?

Luiza - O da água de piranha, não vou esquecer dele

Como Estrelas E Flores Onde histórias criam vida. Descubra agora