Capitulo 29

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ALICIA VIANA

Eu tava no sofá com a fumacinha, Yanka já tinha ido embora e eu tava com a barriga cheia desde o almoço. Raphael entrou no meu apartamento com cara de poucos amigos. Ele trazia uma mochila com ele, ele vem até mim e me da um beijo na testa.

-Você parece mais derrotado que eu.-Sorrio fraco.

-Hoje o Abel pegou pesado, e eu ainda tava com a cabeça nas nuvens.- Ele se senta do meu lado e deita a cabeça no meu colo.

-Amanhã tem jogo.- Falo passando as mãos nos seus cabelos que tava crescendo.- Então você vai te que se esforçar para concentrar.

-Vai ser difícil, mas tenho que tentar.- Assinto.

-Yanka fez lasanha, ela fez uma bandeja enorme.- Reviro os olhos.- Ela disse que eu não podia passar fome.- Ele da risada.

-Você não pode.- Ele da um beijo na minha barriga e levanta indo pro quarto com a mochila dele.

Sorrio de leve e solto um suspiro alto olhando pro teto, fico pensando no que Yanka me falou sobre ter fé e que talvez aconteça um milagre.

Foi complicado para dormir, eu tava com a cabeça muito cheia, toda hora passava o que a médica tinha me falado. Talvez seja o momento de conversar com minha mãe e contar da gravidez, talvez amanhã.

De manhã cedo eu já estava no CT, hoje ia ter jogo contra o Athletico Paranaense, então eu tinha um pouco de trabalho pela frente. Acho que Raphael contou nossa situação, já que estava todos bem solícitos.

-Se você quiser eu fico em pé e você me analisa sentada.- Endrick fala pela milésima vez, me fazendo revirar os olhos.

-E se você quiser, você pode ficar calado enquanto eu trabalho.- Estevão rir.Ele já tava entrosado no time principal, o que era bom.

-Eu só tô querendo ajudar Lice.- Endrick bufa e eu dou risada.

-Não se preocupa, só tenho vocês dois para atender, o restante foi para o outro fisioterapeuta.- Anoto algumas coisas na ficha do Endrick.

-Me senti até importante.- Estevão põem a mão no peito me fazendo rir.

-Vocês dois estão liberados.-Olho para os dois.- Tá tudo certo, mas em caso de desconforto já sabem né?

-Entrar e fazer gol né.- Endrick fala e eu encaro ele com a sobrancelha levantada.- Tô brincando, calma Alicia.

Ele sai da sala e eu sorrio, vou sentir falta dessa peste. Sento na cadeira, o trabalho pelo computador era o mais chato, mas era o que eu podia fazer. E eu teria que me acostumar com ele por três meses.

Mando uma mensagem para a minha mãe que me fala que tava no shopping com a mãe do Raphael, dou risada não acreditando. Fizeram amizade mesmo.

(...)

A manhã passou rápido, eu tava descansando deitada na cama do quarto do Raphael dentro do CT. Ele tava do meu lado dormindo igual um bebê.

Me levanto e saio do quarto, eu tava com fome. Fui para a lanchonete e encontro alguma das funcionárias.

-Eu tava esperando você vir comer o bolo que fiz para você.- Marina fala e eu sorrio.

Caso Indefinido:Raphael VeigaOnde histórias criam vida. Descubra agora