Estou na ponta de um penhasco ponderando se devo me jogar, me esforçando pra continuar vivendo, todo dia meu psicológico parece mais quebrado, mais conturbado, todo dia é uma facada no peito, é como respirar com uma faca atravessada na garganta enquanto você se engasga com o propío sangue, amargo desesperador gosto de sangue.Eu continuo respirando mas sentindo uma dor insuportavel, apenas o que me mantem é a esperança que se eu continuar respirando talvez, talvez, a minha vida possa durar só mais um pouquinho, só mais um pouco... Vivendo em um corpo inerte, marionete guiada pela desgraça chamada vida, a qualquer minuto os fios podem se romper e eu vou perder meus movimentos.
Eu gostaria de poder sair desse lugar maldito, a cada dia cortando um de meu fios.
Mas a um fio de esperança um marionetista complacente.
Meu querido marionetista, você não me deixará cair? Tenho todos os fios que fazem mal, mas você tem o único que pode me dar esperança, singela esperança, me puxe para cima marionetista, cuide deste irrelevante corpo inerte, faça-me ter um motivo para continuar me movendo, não me solte, só até eu voltar a não sentir o gosto de sangue na boca.
Meu querido marionetista, você não me soltaria? Não abandonaria esse singelo corpo inerte, lembre-se você é o único que pode me tirar te tal desesperança, o meu querido marionetista.
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Corpo Inerte
PoetryO gosto de sangue na minha garganta não para de me sufocar, é tão amargo e desesperador, abruptos, contantes pensamentos, não importa quanto sangue seja derramado, corpos inertes não são preciosos, muito menos necessários, assim como meu corpo apena...