Dedicado para aqueles que acreditam nunca seram protagonistas de uma história.
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Lily Miller, uma garota que sonhava em ser alguém interessante, ser como as protagonista incríveis das séries e livros que lia e assistia.
Enquanto apenas cr...
O som do sinal de que o recreio tinha acabado soou, alguns se levantam com preguiça e mau jeito, outros estão até um pouco animados, e a maior parte só levanta quando sua atenção é chamada por uma das funcionárias da colégio.
-caramba..- suspiro cansada, tinha acabado de comer á alguns minutos, nesse tempo livre fiquei apenas observando e ouvindo minhas amigas conversarem, eu até tentava falar mas...ninguém prestava atenção, era como se eu fosse um barulho irritante de mosquito que elas prefeririam ignorar, com a esperança de parar logo, estamos sentadas no refeitorio, com o som de muitas pessoas falando e garfos de metal batendo nos pratos, criando um ambiente cheio de barulho e consequentemente irritante.
Meu nome é Lily, Lily Miller. Estudo em um colégio público, não é ruim, mas também não é bom, aqueles com até tentam ter novas ideias, com gincanas dificeis para pessoas introvertidas fazerem e para os extrovertidos brilharem, acho que é o comum de todo colegio hoje em dia. Como eu poderia me descrever? Comum, provavelmente essa seria a palavra perfeita, claro que como alguém que não possui qualidades claras, ou pelo menos apreciadas, eu sou aquela que tira notas boas e fica quieta, é oque dizem pelo menos. Cabelo curto e levemente ondulado, que na verdade parece que o peguei e puxei até que as ondas ficassem quadradas ou como uma vassoura muito usada, pele clara, corpo comum eu acho e olhos verdes. Simples e prática, totalmente comum.
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Ando devagar sem vontade nenhuma de voltar para meu inferno, quero dizer, sala de aula. Mas tenho que acelerar o passo, realmente não quero que chamem minha atenção.
Como toda sala de aula, a minha é cheia de papel no chão, rabiscos nas paredes, até mesmo tatuagem de chiclete colada na parede, as carteiras não são tão ruins, a não ser pelo fato de serem rabiscadas com desenhos de órgãos genitais ou até mesmo partes faltando.
Me sento em meu lugar e espero a aula começar. O professor de educação física entra, já sinto a preguiça que está no meu sangue se fazer presente, mas a maior parte da sala gritava de alegria sabendo que sairia daquele lugar apertado.
Todos se levantam e correm até a quadra, o jogo seria queima, me sinto mais animada sabendo que poderia sair facilmente da brincadeira apenas servindo como alvo humano.
-vamos lá- falo andando pelo corredor longo, parece que estou indo para uma sala cirúrgica.
Logo saio em um caminho feito de cimento batido, que dos lados é terra com grama e algumas ervas daninhas, que formam nosso exótico jardim de trevos, musgo, dentes de leão e carrapichos muito carinhosos, logo chego até a entrada da minha sala pessoal de tortura, a quadra.
Todos já formaram times, cada um fala muito sobre si, um era composto de pessoas atléticas, aquelas que jogar vôlei, futebol, futsal, handebol, ou praticarem lutas como judô, karete, jiu-jitsu ou qualquer tipo é como um vício, já o outro time é formado por um grupo de amigas, outro são daqueles que falam sobre assuntos específicos que ninguém mas fala, como jogos, assuntos específicos desde mitologia até creepypastas das Internet, já eu? Estou no grupo das meninas, apenas como um acessório ou enfeite. Todos fazem como sempre e pedido pelo professor, mas...hoje seria diferente.