A Entidade

Floresta

Olá, seja muito bem vindo a mais um capítulo da história original A Entidade!

Aviso que pode conter alguns erros de ortografia.

Por favor votem nos capítulos e comentem para capítulos mais rápidos! E muito obrigada por estarem lendo.

❤️❤️❤️❤️

Estou em pé andando de um lado para outro, meu coração acelerado e respiração profunda mostram meu descontentamento. Ora outra olho para minha vó, que me encara nervosa.

-querida, tudo bem se você não acredita em mim, é realmente..dificil- ela diz tentando me acalmar.

-isso é tão...- tento selecionar as palavras certas, tudo que eu menos quero é magoar ela- mas não é perigoso? Onde você leva isso exatamente? No meio da floresta??-pergunto pensativa.

-é- ela diz simples e direta- por isso fico o dia inteiro fora, mas você não vai fazer desse jeito, é muito perigoso- ela diz pensativa

-eu nem disse se vou!- falo receosa- isso é realmente necessário? Não pode perder só uma sexta!?- pergunto nervosa

-não- seu tom agora é mais sério, ela me olha e se ajeita para sair do sofá- se você não faz isso por mim, então mesma farei!- teimosa

-não! Não.. calma- falo mediando a situação- me desculpe, é que..nunca fomos religiosos..isso é tão impossível- falo me sentando no sofá ao lado da minha vó- se eu fizer isso você promete descansar?- pergunto olhando no fundo dos seus olhos.

- sem dúvida.. - ela diz calma- me desculpe, me descontrolei- ela fala acariciando minha mão- é que...- sinto seu tom de voz mudar- eu tenho medo..

-..hã?- olho para ela, não estava chorando mas, seu olhos se avermelharam- aconteceu alguma coisa?- pergunto tentando conforta-lá. Ver minha vó chorar e algo tão raro, ela sempre tenta ser mais alegre o possível.

E uma coisa que nunca ouvi sair de seus lábios é que ela sente medo. Eu sempre a vi como uma muralha feita de diamantes, impenetrável e bela, até mesmo quando minha mãe morreu e meu pai morreram. Foi uma época tão difícil, eu perdi meus pais e minha vó perdeu sua filha, tudo de uma vez só, e como uma adolescente imatura, eu chorava e tinha surtos terríveis de raiva e ansiedade, fiquei tão abalada com tudo que acabei reprovando no terceiro ano do ensino médio. Mas enquanto eu fazia birra, ficava choramingando e reclamando, ela seguia firme, de pé, me ajudando e me sustentando, mesmo chorando muitas noites pela falta que sentia em sua filha, com o coração repleto de angústia e dor

-eu..- respiro fundo e então olho em seus olhos- onde eu fasso isso?- falo sem pensar. Apenas quero que minha vó passe o final de semana tranquila, sem se preocupar com essa história.

-Obrigado querida!- ela diz pulando e me abraçando- normalmente eu vou até o centro da floresta para dar as oferendas, mas é muito perigoso para você- ela diz separando o abraço- lembra do lago que vamos fazer pequinique?-eu aceno positivamente- vá para lá e deixe perto do lago, e leve todas as velas que comprou hoje e acenda todas- ela diz seria

-certo mas- falo receosa- não é perigoso? E se alguém aparecer? Um animal selvagem! Tem muitos animais perigosos dentro da floresta. Por isso eu nao vou sozinha- falo me referindo a um ataque que sofri quando era muito pequena, minha vó falou que tinha sido atacada por um cervo ou cobra? Realmente não me lembro agora.

-não se preocupe, eu tenho uma arma dentro do carro, se lembra?- aceno novamente- dessa vez, somente dessa vez, você tem permissão para usala- ela diz com cuidado- você precisa ir logo, estamos perdendo tempo aqui, se lembra de como usar? Ou sabe pelo menos?