midnight memories - verkwan

only one

  Ver seu melhor amigo e sua paixão todos os dias pode ser a melhor coisa, mas não quando ele é tão disputado. Boo Seungkwan. Diria que é sua cara metade, ele o completa de uma forma que nunca seria fácil de dizer ou até mesmo de decifrar. É perdido. Perdido de amor, perdido em seus sorrisos, em seus belos olhos, até mesmo em seus xingamentos não filtrados.

  "Ah, mas é fácil estar apaixonado pelo seu melhor amigo", uma vez disseram para Hansol, mais em específico sua irmã mais nova, que atualmente namora o melhor amigo dela. Ela não entenderia. O amado de Chwe era encantador, não apenas para seus olhos, mas para os de outros. Nos treinos de badminton então? Ah... de tirar o fôlego. Não é de duvidar que muitas pessoas já deram em cima de Boo. Os pensamentos pertinentes diretos aos amados se dissipam quando o celular de Hansol vibra uma vez: É Seungkwan.

  " Filminho hoje? "

  Vibra mais uma vez, é Lee Chan, seu parceiro de trabalhos na faculdade de Ciência da Computação.

  " Bora tomar uma? "

  Um dilema. Não quer ver Seungkwan pois o coração dói apenas ao saber que ele não é apenas dele. Sabe, é possessivo com as coisas e com pessoas.
  Se esparrama pelo sofá, passa a mão pelo cabelo, cabeça a milhão. Vai ter que furar dessa vez.

  " Desculpa, Kwan, marquei de sair com Chan hoje :/ "

  Por outro lado, Boo estranha. Vê Vernon todos os dias, ele nunca fura uma, mas por algum motivo furou nesta sexta. Por que vai sair com Chan, aliás? Eles nem são tão próximos assim, só fazem alguns trabalhos juntos. Paranóico, já pensa na possibilidade de estar sendo jogado para escanteio, e isto é a última coisa que quer, principalmente vindo dele.

  " Vão para onde? "

  " Ele me disse que seria surpresa. Eu vou te avisando "

  Mente descaradamente, sabe que se preocuparia quando dissesse que vai beber, sendo que nunca age de tal modo. Ele tem apenas um objetivo: encher a cara, esquecer o próprio nome, aliás, é para isso que servem as noites de sexta, beber e esquecer o que lhe incomoda.

  " Qualquer coisa me liga. "

  Agora lhe resta apenas sua própria companhia e a companhia de Bookkeu, o filhote de maltês que resgatou da rua há quatro meses.

  - Ah, Bookkeu... Por que ele não me conta? - Reclama dramático, quase se jogando da própria cama para acariciar o cão. - Não fazendo bosta, tudo bem. - Não, não estava bem, especialmente quando seu melhor amigo troca-o por um homem que mal conhece. E se Chan dopar Vernon com drogas? Sequestrar? Ou até então matá-lo!? "Deus me livre", pensa.

[...]

  - Sério que não é de beber? Podia jurar que virava uma toda sexta. - Chan senta-se na banqueta do bar, o ambiente confortável, ainda era cedo, não haviam bêbados.

  - Apenas bebo para esquecer algumas preocupações. Assumo que tenho medo de encará-las. - Suspira, sentando-se ao lado de seu amigo.

  - Qual é a preocupação da vez?

  - Umas coisas estão acontecendo no Estados Unidos. - Mente, novamente. Suas expressões calmas e recatadas faz Lee acreditar. Talvez suas aulas de teatro no ensino médio foram úteis horas gastas.

  - Sua família?

  - Basicamente. - Suspira, em sua mente surpreso, pensando se ele é muito bom em blefes ou se Chan é muito bobo. - Vai beber o quê?

  - Acho que vou de cerveja hoje. Vai me acompanhar? - Se apoia na bancada chamando o barman que se mantia focado em atender as jovens mulheres por lá, rola seus olhos em irritação.