Vida e obra de Carolina Maria de Jesus em tempos modernos

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na obra "Quarto de Despejo" Carolina Maria de Jesus demonstrou maior bravura, ousadia e coragem, sendo que a periferia nunca havia sido abordada em qualquer outra obra sua do passado, as obras do passado seguiam a tendência do descrever belo da vida por parte do autor, em "Quarto de Despejo" a autora expressa muito da realidade em que vive, dura, cruel, com desigualdade, machismo, preconceito, racismo, miséria, pobreza, fome e o apogeu maior ainda está por vir: as pessoas recebem valor de acordo com as classes sociais cujas pertencem.  se trata de uma dimensão de extensa escala, que não se limita à desigualdade de acesso á recursos e poder na sociedade: a desigualdade social acontece sempre que um indivíduo se vê em desvantagem diante dos demais. Mesmo não sendo intencional, o título Quarto de despejo lembra milhares de pessoas afetadas pela pandemia Covid-19, que desestabilizou o mundo inteiro. A crise do Brasil, vinda de anos antes do corona vírus, ganhou destaque mundial. A pandemia escancarou tudo. Sem disfarçar, colocou em evidência separações de classes, a falta de auxílio, entre outras das nossas mazelas sociais. Na obra Quarto de despejo, Jesus (1960) demonstrou coragem ao expressar muito da realidade em que vive, uma realidade dura, cruel, com desigualdade, machismo, preconceito, racismo, miséria, pobreza, fome e opressão. Dessa forma, é possível afirmar que a desigualdade social, no passado e no século XXI, é um fator contínuo, estrutural.
A desigualdade social ocorre toda vez em que há distribuição injusta de renda, o que gera uma população sem estrutura familiar, econômica, educacional, cultural, sem acesso a requisitos básicos de sobrevivência e com mais vulnerabilidade para vivenciar a criminalidade. Nesse sentido, as taxas de jovens com baixa renda são atualmente um fator crescente. O Brasil é atualmente considerado um dos países com maior desigualdade social do mundo: durante a pandemia COVID-19 milhares e milhares de pobres perderam a luta para a pandemia na tentativa da sobrevivência, milhares de pessoas passaram fome, se viram face a face com a miséria e com a desgraça, o que apresenta superlativa identificação com a obra de Carolina Maria de Jesus.