17. - I Can See You...

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"Eu gostaria que você não me trouxesse problemas
O que você tem feito me deixa desconfortável. Você é um covarde
Aprendeu sobre o meu passado e usou isso contra mim várias vezes.
Mesmo quando você sabe meus motivos (Mesmo quando você conhece os meus pecados).

Atenda seu celular
Estou completamente sozinho." — "Coming Down" By The Weeknd.

Mason Ashbourne

Sorrio abertamente, olhando pela janela enquanto Harper caminha com passos pesados em direção ao carro. A noite havia se desenrolado exatamente como eu planejei, cada detalhe perfeitamente orquestrado para levar Harper ao limite. A mensagem que enviei, um simples “Adeus, mia bella”, foi a última peça do quebra-cabeça, um toque final em um jogo que ela nem sabia que estava jogando. Observar Harper ser levada embora, derrotada e sem opções, era uma vitória doce. Harper sempre pensou que poderia escapar, que poderia vencer sozinha, mas eu provei o contrário.

Ver o desespero nos olhos de Harper, mesmo de longe, era intoxicante. Cada movimento que ela fazia agora, cada decisão que tomava, estava moldado pelo meu toque invisível. Ela estava tão presa quanto sempre esteve, mas agora ela sabia disso. Não era mais uma questão de poder ou controle, era uma questão de sobrevivência, e Harper estava prestes a descobrir que, nesse jogo, eu sempre tive a vantagem. O carro começa a desaparecer pela estrada, levando Harper para um futuro que ela não pode controlar. E eu, satisfeito com o resultado, volto minha atenção para o próximo movimento. Porque, no final, isso não era apenas uma batalha — era o começo de uma guerra. E Harper Knight ainda não sabia o quanto estava em desvantagem.

“Querida Knight, como se sente?”

Envio a mensagem com um sorriso, sabendo que ela vai entender exatamente o que quero dizer. Harper sempre se orgulhou de ser forte, de nunca ceder, mas agora, com tudo desmoronando ao seu redor, ela não pode esconder a verdade de si mesma. Ela sabe que está encurralada, e não há mais escapatória. Imagino seu rosto ao ler a mensagem — a confusão, o medo, a raiva. Tudo isso faz parte do plano. Harper pode tentar resistir, pode lutar contra a maré, mas no fundo ela sabe que a vitória sempre esteve nas minhas mãos.

“Ashbourne, por Deus, por que
não vai se foder?!” — Knight.

“Você é tão adorável, bella. Gosto disso em você e você sabe disso.”

Respondo, deixando que a provocação escorra pelas palavras como veneno doce. Sei que isso vai irritá-la ainda mais, mas também sei que, no fundo, ela aprecia o jogo tanto quanto eu. Ela e eu... sempre foi um duelo, uma dança perigosa onde cada passo era meticulosamente calculado. Harper tenta resistir, manter o controle, mas eu vejo através dela. Vejo a faísca, a excitação disfarçada de raiva.

E é isso que me prende a ela, essa dualidade entre nós que beira o abismo. Somos dois lados da mesma moeda, ambos ferozes, ambos quebrados de maneiras diferentes. Mas enquanto ela tenta se afastar, eu a puxo de volta. A intensidade da tensão entre nós é inebriante. Sei que estou cruzando limites, testando até onde posso ir antes que ela quebre totalmente. Mas essa é a beleza do nosso jogo. Ela nunca quebra completamente; Harper apenas se refaz, mais forte, mais determinada, e isso apenas me faz querer quebrá-la novamente. Trazendo nossa diversão.

“A única coisa que eu sei, Ashbourne,
é que eu desejo distância de você.
Por quê não me deixa em paz?!” — Knight.

Sorrio internamente lendo a mensagem. Que hipócrita.

“Te deixar em paz? Pelo o que eu me lembro, foi você que me ameaçou com um punhal. Só está recebendo as consequências dos seus atos, bella.”

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