Capítulo 4[Augusto H.Silva]

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Fernando entra e a porta automática abre, ele sente o ar gelado em cima dele e vai até o balcão.


— Boa tarde, meu nome é Fernando e eu vim falar com o senhor da empresa Augusto.

— Ele está te esperando no último andar, o elevador fica ali. A secretária dele vai te atender.

— Obrigado.

Fernando vai até o elevador e ele se abre, Elena sai dele.

— Olha só que está por aqui.

— Senhorita Elena, que que prazer, prazer não. Que bom te ver.

Elena da uma risada curta. — Eu dei uma acalmada na fera por você, até outro dia Fernando.

Elena sai, Fernando respira fundo e entra no elevador

— Ela não falou nada sobre então ela não deve ter visto, ou viu e não falou nada.


Pensou ele entrando e apertando o último botão. Ele chega ao topo e a sala tem pisos brancos e paredes brancas. No lado direito tem um sofá e uma mesinha e na frente tem um balcão.


— Posso ajudá-lo?

Perguntou à secretária.

— Pode sim, eu sou Fernando e eu marquei um horário com o chefe da empresa.

— Sim, eu vou avisá-lo.

A secretária pega o telefone e Fernando se encosta ao balcão.

— Senhor Augusto, o senhor Fernando já chegou.

Ela desliga o telefone. Pode entrar, ele está te aguardando lá.

— Obrigado.


Fernando abre a porta, a sala tem paredes pretas e Augusto está sentado em uma cadeira grande no fundo dele tem uma grande janela de vidro que da para vê o céu azul. Augusto é um jovem da mesma idade de Fernando, ele tem cabelos escuros e usa um terno preto com uma gravata vermelha.


— Pode se sentar. —Falou Augusto. Fernando vai até lá e se senta.

— Bom dia. A gente se falou por telefone.

— Sim. Então, o que quer saber?

— Eu posso gravar a nossa conversa?

— Pode sim, se você não distorcer tudo que eu disse.

— Esse áudio é só para mim, eu sou dono de um blog em construção. Eu nem vou utilizar ele no site.

— Tudo bem.

Fernando coloca o áudio para gravar.

— Qual a sua relação com a Cristina, a menina internada?

— A única coisa que eu sei é que ela foi internada, eu a vi poucas vezes quando eu visitava o meu pai.

— E a mãe dela?

— Desde sempre eu via que ela não batia bem da cabeça, eles brigavam muito e ela sempre dizia que se eles se separassem ela iria se matar. Aí eles tiveram a Cristina e depois disso que não procurei mais saber deles.

— E sobre os seus dois irmãos?

— Meu irmão Pietro, eu não falo com ele. E a minha irmã Elena saiu agora a pouco e ela só vem de vez em quando para me fazer uma visita.

— E sobre o seu pai?

— Nós éramos muito próximos, mas nos afastamos, aí aconteceu o desastre. Ele foi acusado de ter matado a minha madrasta a mãe da Cristina, então ele foi morto na prisão por uns caras que odiavam ele, e eu assumi toda empresa.

— Você já visitou a Cristina alguma vez?

— Não, ela não me conhece e não vai adiantar muito agora. A Elena é a mais chegada porque elas são irmãs de sangue.

— É só isso, muito obrigado pela entrevista senhor Antonio.

— Não tem curiosidade de saber sobre empresa?

— Eu trabalho em uma filial dessa empresa.

— Em qual?

— Onde era a antiga empresa de ar-condicionado, no bairro Virgilio Brito.

— Continue trabalhando duro. Vai que você suba e se torne chefe dessa filial.

— Ok.

Fernando sai. Antônio pega o celular e faz uma ligação.

— Oi, você está aí perto do estacionamento? Pode fazer uma coisinha para mim?

Fernando sai do elevador, ele para e volta ao balcão.

— Onde fica o banheiro?

— No décimo quinto andar, você segue reto e vira a direita.

— Obrigado.

Minutos depois Fernando vai até o estacionamento, Fernando vai até à porta do seu carro e o seu vidro foi quebrado. — O quê?

Ele abre a porta e checa e as suas coisas ainda estão no banco de trás, tem uma pedra com um papel colado no banco na frente. Ele pega ela e tira o papel e está escrito. — Fique longe da nossa família — Fernando olha para o teto procurando algo, ele vê uma câmera.

— Ele vai arranjar um jeito de se livrar das gravações, é a palavra de qualquer contra o chefe da empresa.


Cristina de OliveiraOnde histórias criam vida. Descubra agora