Chapter I: The Old Man on the Train

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  Quase todos que pensavam que o homem e o menino eram pai e filho, mas a verdade é que meu "pai" me adotou, depois que a esposa dele morreu ele quis seguir a vida sozinho com um filho que ele amara para sempre. Quanto fiz meus 18 anos decidir seguir minha vida como escritor e ele super aceitou, ele dizia que eu era seu autor favorito e eu mal tinha lançado meu livro. Ri da lembrança repentina. E agora eu estou indo de volta a minha cidade, meu pai morreu a dois anos atrás mas não tive coragem de vim para cá, a dor me sufou, me destruiu, não tinha vontade alguma de viver, comecei a fazer terapia e obtive resultados ótimos. Com a mente descansada arrumei minhas malas e bem... aqui estou eu na linha de trem de Seul para Golden.

  Atravessamos a região descrevendo uma linha tortuosa, num velho trem, tomando geralmente as estradas secundárias, viajando aos arrancos. Pararam em três lugares diferentes durante a viagem, antes de chegarem ao meu destino: primeiro em Vancouver, onde um homem alto, de cabelos pretos, trabalhava nunca fábrica de tecidos; Depois na cidade de Victoria, onde vários passageiros subiram; e por fim nunca cidade pequena perto das províncias de Golden, Kamloops, as pessoas que embarcar antes desceram e um homem de estatura média entrou e se sentou em meu lado, pelo seu rosto e vestis ele teria uns cinquenta a cinquenta e nove anos.

  Continuando a viagem peguei meu livro e meu lápis e comecei a fazer um esboço de um romance, depois que meu pai morreu eu tive um bloqueio criativo imenso, ontem me acendeu uma ideia em minha mente que me fez escrever um parágrafo. Eu estou indo com a cabeça de visitar o túmulo de meu pai e arrumar sua casa, irei morar lá agora... meu raciocínio foi retirando quando o senhor do meu lado me balançou.

—Meu querido... desculpe ser intrometido, mas isso é um romance?—perguntou gentilmente.

—Sim, mas não estou tendo criatividade o suficiente para termina-lo.—suspirei.

—Posso ler?—balancei a cabeça que sim e entreguei o caderno com o esboço.—O sol da tarde banhava a praça em tons dourados, enquanto você sorria, e naquele momento, o mundo inteiro se resumia àquele sorriso. Era como se o tempo parasse, e só existisse a beleza da sua risada, a melodia da sua voz e a intensidade do meu olhar perdido no seu. Cada batida do meu coração ecoava o desejo de que esse instante se eternizasse, para que eu pudesse guardar para sempre a lembrança da sua presença, tão radiante e única como o próprio sol, a lua, o mar e as estrelas...—ele sorriu me entregando o caderno novamente. Colocou sua mão no paletó e retirou uma caixinha.—Aqui tome.—peguei com um pouco de receio.—Não tenha medo, é um presente meu para você. Durante anos tentei achar um escritor bom o suficiente para repassar esse presente... e você meu belo jovem entrou em meu caminho.—abri a caixinha e lá tinha uma caneta, a mesma e dourada com um fonte diferente das que já vi, muito parecida com itálico mas não era, movida a tinta como qualquer outra. Fiquei alguns minutos a admirando e me virei para agradecê-lo.

—Obrigada mais não... senhor? Senhor?—ele não estava mais lá. O homem tinha sumido, procurei o vagão inteiro e nada.

—Senhor é melhor sentar, daqui a pouco chegaremos ao destino.—me assustei. E fui me sentar ainda não acreditando no que tinha acabado de acontecer. Que merda foi essa?

  Seguir até a minha antiga casa pegando um táxi. Ele me deixou na frente e eu paguei a sua corrida, as chaves estavam em minha mãos trêmulas, fui até a fechadura e abrir empurrando a porta. Já dentro de casa tudo estava empoeirado e com cheiro de mofo. Abrir todas as portas e janelas da casa. E comecei uma limpa em tudo. Tirei lençóis e panos de cima das coisas e os joguei fora não prestavam para mais nada e eu não iria doar aquilo, afinal iria retirar algumas coisas dali como móveis que eu não queria mais, roupas do meu pai enfim... uma infinidade de coisas.

Tinha dinheiro o suficiente para mudar aquela casa por completo se possível, mas queria manter o ar da minha infância lá e sentir meu pai também. Nós fazíamos parte dali e eu não me desfazeria de tudo. Deixei a poltrona que ele adora se sentar, as coisas de seu escritório eu as deixei do mesmo jeito, aquele espaço eu usaria como meu, a biblioteca deixei intacta. Coloquei tv e rede Wi-Fi em toda a casa, demorou alguns dias para mim se estabelecer e começar a viver ali.

The Curse of the Manobans  Onde histórias criam vida. Descubra agora