CAPÍTULO 2 - Amigos de Infância

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Convidei o homem a se sentar comigo e assim ele fez. - Como era esse sonho? Um monstro atacava seus pais e então você vai a placa dessa cidade? - ele pergunta. Eu assustado por ser o mesmo sonho apenas concordo com a cabeça. - Isso não é possível - eu disse. De alguma forma achei outra pessoa que tinha o mesmo sonho que o meu. - Desculpa, eu não pude evitar de escutar a conversa se vocês. Eu também vim por esse mesmo sonho - diz uma mulher que estava sentada na mesa ao lado. Ela troca de cadeira e se senta com a gente. - Isso tá ficando doido calma - eu disse colocando as mãos na cabeça. - Tá, como vocês se chamam? - perguntei curioso. Seus nomes eram Augusto e Maiara. Disse meu nome a eles, Jones.

Nós três ficamos nos olhando por alguns segundos. - Como era o monstro? - pergunta Augusto. Tanto eu quando Maiara o descrevemos da mesma forma. Um monstro alto, robusto, longos braços com garras e galhada. Augusto confirma ser o mesmo que ele sonhava. - Se foi o mesmo monstro pra vocês.. por acaso ele deixou alguma marca? - pergunta Maiara. Eu abaixo minha camisa mostrando apenas a marca em meu peito esquerdo. Augusto mostra uma marca em sua coxa esquerda. Maiara em seguida se vira e mostra a marca em seu ombro direito. Todos tínhamos a mesma marca, idênticas entre si. - São iguais. O sonho então é real? Aquele monstro é real!? - perguntei estérico e assustado. - apresumo que sim - responde Augusto.

Cortando esse clima estranho o garçom trás meu suco de laranja. Eu o agradeço e ele vai embora. Augusto e Maiara, de alguma forma eles parecem próximos de mim, mas não consigo lembrar de tê-los conhecido antes. - Só pra confirmar, vocês são órfãos né? - Pergunta Maiara. Eu e Augusto confirmamos. Eu não sabia como reagir aquilo tudo. Comecei a tomar meu suco quando me veio algo na cabeça. - Gente o orfanato da cidade. Lembramos da cidade e sabemos que somos órfãos, lá deve ter alguma informação - compartilhei minha ideia. - Mas.. respostas de que exatamente? - se pergunta Augusto. - De qualquer coisa, eu só queria entender o porquê desse sonho que me atormentou por anos - eu respondi. Eles aceitaram ir junto comigo ao orfanato. Bebi meu suco rápido, paguei a conta e fomos até lá.

Chegando lá vamos até a recepção. Nós informamos nossos nomes e a recepcionista diz: - Vocês três já passaram por nosso orfanato a 20 anos atrás. Todos no mesmo período. A cuidadora de vocês ainda trabalha aqui, gostariam de revê-la? - Eu não conseguia lembrar daquele orfanato, como se tivesse apagado da minha cabeça. Nós 3 aceitamos ver a cuidadora e a recepcionista então chama pela Dona Roseli. Em poucos minutos uma senhora já de idade sai da sala dos fundos.

- Chamou Valéria? Ooh são vocês, a quanto tempo não os vejo - diz alegremente Roseli.
- Você reconhece a gente? - eu pergunto.
- Mas é claro. O grupinho inseparável nas brincadeiras. Mas está faltando um, não? Cadê o Richard?
Rapidamente nos juntamos para conversar. Nenhum de nós três lembravamos da Dona Roseli, do orfanato e nem desse "Richard".
- Ele não conseguiu vir, sinto muito - disse Maiara tentando não estranhar as coisas para a Roseli.
- Você pode nos contar mais um pouco sobre a gente quando estávamos aqui? - pergunta Augusto.
Roseli conta que quando crianças nos 4 fomos trazidos ao orfanato quase que no mesmo dia. Nós tornamos amigos logo de início e desde então ficamos inseparáveis. De vez enquanto Roseli notava que as vezes sumíamos do orfanato, mas sempre voltávamos.
- Mas pra onde a gente ia? - perguntei a Roseli, mas ela não sabia.
- Eu preciso voltar ao trabalho, foi bom ver vocês novamente, espero que aproveitem a cidade novamente. E cuidado com a floresta né? - Roseli fala se despedindo e vai para os fundos novamente.

Nós saímos do orfanato e ficamos nos perguntando o porquê não lembravamos de nada disso. Seria um caso de alzheimer na infância? E quem era esse Richard? - O que ela quis dizer com "cuidado com a floresta"? - pergunta Augusto. - A floresta é densa, deve ter animais perigosos nela - eu respondo. Augusto no impulso pergunta a um homem que andava pela rua e pergunta - Por que que a floresta é tão perigosa? - o homem surpreso pela pergunta inesperada responde - Por causa dos desaparecimentos ué - o homem desvia de Augusto e continua andando. - Vocês escutaram? Desaparecimentos na floresta - diz Augusto. - Será que ele causou esses desaparecimentos? - pergunta Maiara. - Espero realmente que não. Mas se são desaparecimentos deve ter alguma informação na delegacia não? - eu respondo percebendo que teremos que dar uma de investigadores. Decidimos ir até a delegacia.

Jones e a Floresta de ArborinoOnde histórias criam vida. Descubra agora