Capítulo 04

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Sexta feira
Nova Jersey, EUA

É, eu tenho andado mal, mas quando eu voltar
Vocês irão saber, saber, saber
Eu não tenho tempo
Rehab - Amy Winehouse

Enquanto andava por aqueles corredores, já sentia o que estava por vir, é já me mantinha preparado, minha vida e uma completa merda, graças ao homem que não me orgulho de chamar de papai

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Enquanto andava por aqueles corredores, já sentia o que estava por vir, é já me mantinha preparado, minha vida e uma completa merda, graças ao homem que não me orgulho de chamar de papai. Assim que eu entrei naquela sala, os olhares foram para mim, a puta do meu pai saiu imediatamente, trêmula como um grilo, não acreditava que meu pai preferia isso a minha mãe, ele me olhava como se quisesse arrancar minha cabeça, eu o odiava por tudo que fez comigo, e com minha falecida mãe, nem chegava ter empatia por ele, na verdade por ninguém. Ninguém merecia.

- Por que me chamou aqui, velhote? - cruzei os braços abaixo do peito olhando para o mesmo sentado com um charuto nos lábios, ele soltou a fumaça e respirou fundo.

- E a garota? - perguntou sem rodeios.

- Viva - respondi e desviei o olhar do mesmo - Por enquanto. - ele franziu os lábios em decepção, eu nem me importava mais, só sabia que quando esse porra morresse iria herdar tudo, mesmo que ele não quisesse.

- Você não serve nem para matar uma garota! - ele se exaltou enquanto se erguia e batia na mesa, fazendo o barulho ecoar pela sala - E só dar um tiro, mais eu quero aquela garota morta, o pai dela vai pagar com a vida dela, ele não devia ter se metido comigo, quero que ele sofra! - ele aumentou mais ainda o tom de voz .

- Por não faz com suas próprias mãos, então? - retruquei em tom de deboche, e só deu tempo de ver o copo de uísque dele voar na minha face, fazendo um corte na minha maçã, ao mesmo tempo que viro meu rosto para olhar ele, ao mesmo tempo me segurava para não matar ele agora mesmo, senti o sangue escorrer pela minha bochecha, e o mesmo veio até mim com os olhos cerrados, enquanto coçava a barba esbranquiçada.

- Me responda assim de novo, e eu te mato, moleque! - se aproximou do meu ouvido e gritou, respira, não mata. Espera mais um pouco.

Me virei de costas e sai daquela merda de sala, não podia deixar minha raiva vencer, não ainda. Não aguentava mais ver a cara daquele velho, de longe conseguia ouvir ele gritar.

Vou fazer aquele pirralha sofrer.
Eu não tenho andado bem desde que sai do ventre, ela que se cuide.

Eu não tenho andado bem desde que sai do ventre, ela que se cuide

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